Presidente da República e Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança, Daniel Chapo, dirige encerramento do VII Curso de Sargentos da Polícia em Ciências Policiais, na província de Sofala
Maputo, 14 Dez (AIM) – O Presidente da República e Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança, Daniel Chapo, aposta na formação especializada da Polícia da República de Moçambique (PRM).
Explica que a formação constitui um pilar fundamental para o reforço da segurança pública, num contexto marcado pelo recrudescimento de fenómenos criminais cada vez mais complexos.
O Chefe de Estado falava este domingo (14) durante a cerimónia de encerramento do VII Curso de Sargentos da Polícia em Ciências Policiais, realizada na Escola de Sargentos da Polícia Tenente-General Oswaldo Assahel Tazama (ESAPOL), no distrito de Nhamatanda, província de Sofala.
Na ocasião, o Presidente da República sublinhou que a conclusão do referido curso representa um ganho efectivo para a corporação policial e para o país, ao colocar à disposição do Estado novos quadros dotados de competências técnicas e científicas ajustadas às exigências actuais da segurança pública.
Segundo afirmou, o momento não deve ser encarado apenas como um acto simbólico, mas como um investimento estratégico na protecção da população e na consolidação da ordem pública, cujos efeitos deverão reflectir-se na actuação quotidiana da polícia junto das comunidades.
“Este encerramento deve constituir um valor acrescentado por trazer para a corporação novas valências resultantes dos conhecimentos e habilidades adquiridos”, afirmou.
De acordo com o Chefe de Estado, espera-se que tais competências se traduzam numa intervenção policial mais eficaz, responsável e consentânea com as realidades locais, contribuindo para o fortalecimento da confiança entre a Polícia e os cidadãos.
Recordou que, à semelhança de outros países da região austral, Mocambique tem sido confrontado com fenómenos criminais de natureza diversa, muitos dos quais com dimensão transnacional, que colocam em causa a paz social e o desenvolvimento económico. Destacam-se os raptos, tráfico de seres humanos e de drogas, crimes cibernéticos, branqueamento de capitais e terrorismo, sublinhando a complexidade crescente destes desafios.
“Estes fenómenos requerem uma busca permanente de medidas técnicas, tácticas e científicas, através da formação e da pesquisa, para responder, em tempo útil, a cada desafio emergente”, frisou.
Advertiu que apenas uma polícia devidamente preparada e actualizada poderá responder de forma eficaz às novas ameaças à ordem e tranquilidade públicas.
Chapo lembrou ainda que, aquando da sua investidura, em Janeiro de 2025, assumiu o compromisso de fazer da formação especializada uma das principais armas do Estado no combate aos factores que ameaçam a paz e a harmonia social.
Referiu que o curso ora concluído constitui uma demonstração concreta da materialização dessa orientação governativa, encorajando o Executivo a prosseguir o investimento na capacitação dos recursos humanos do sector da segurança.
O Presidente da República destacou o papel determinante destes profissionais na edificação de uma polícia mais competente, disciplinada e credível.
Segundo o Chefe de Estado, somente com formadores permanentemente actualizados será possível garantir a qualidade da formação ministrada e, por conseguinte, elevar o nível de desempenho dos efectivos no exercício das suas funções.
Ao dirigir-se aos novos sargentos, Chapo apelou a uma postura exemplar, pautada pelo respeito escrupuloso da legalidade e pelo serviço abnegado ao cidadão. Defendeu que a autoridade policial deve ser exercida com disciplina, ética e sentido de humanidade, de modo a consolidar a confiança da população na PRM e nas instituições do Estado.
“Queremos uma Polícia que se imponha pela forma de estar, de ser e de fazer, no contacto com o nosso povo”, afirmou, acrescentando que a imposição da autoridade deve coexistir com uma relação de proximidade e diálogo permanente com as comunidades.
O Presidente da República sublinhou igualmente que os sargentos devem assumir a liderança pelo exemplo, rejeitando práticas que comprometam a disciplina e a credibilidade da corporação. Aliás, a liderança efectiva constrói-se pela coerência entre o discurso e a acção, tanto no plano operacional como no relacionamento com subordinados e cidadãos.
“O vosso lema deve ser ‘façam o que eu digo e o que eu faço’”, afirmou, exortando os graduados a aplicarem no terreno os conhecimentos adquiridos e a complementarem a sua formação através da aprendizagem contínua, da pesquisa e da troca de experiências com quadros mais antigos.
Chapo destacou, por outro lado, que a integração dos novos efectivos contribuirá para o reforço da capacidade operativa da Polícia, particularmente num período caracterizado por maior circulação de pessoas e bens, como é o caso da quadra festiva. Defendeu uma presença policial activa nas zonas rurais, vilas e cidades, orientada para a prevenção do crime e a garantia da mobilidade em condições de segurança.
“Este efectivo deverá representar um reforço significativo para a demanda por segurança que caracteriza esta época”, afirmou, esclarecendo que tal presença não deve assumir um carácter repressivo desnecessário. “Não estamos a dizer que a Polícia deve estar na rua para criar problemas ao cidadão, mas para ajudar o cidadão a passar as festas de forma segura e tranquila.”
(AIM)
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