
Chimoio (Moçambique), 27 Mai (AIM) – Um cidadão está detido por tentativa de venda do seu próprio filho de sete ano de idade, no distrito de Gondola, na província de Manica, centro de Moçambique.
O crime ocorreu na zona de Amatongas Socel e o menor seria comprado a um valor de 100 mil meticais (cerca de 1.600 dólares norte-americanos).
O suposto vendedor é o pai do menor que tomou a decisão de procurar um cliente e vender o seu próprio filho sem o conhecimento da esposa (mãe da criança).
O chefe de departamento das relações públicas no comando provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM), em Manica, Mouzinho Manasse, explicou, esta terça-feira (27), que a detenção do indivíduo foi possível graças a denúncia feita por um cidadão de boa-fé, que se fez passar por um comprador.
“Ele já vinha, há sete dias, à procura de um comprador. Quando as pessoas tomaram conhecimento, um fez-se passar por cliente e comunicou a polícia que prontamente deteve o suposto vendedor”, explicou Manasse.
Segundo Manasse, o pai do menor disse que tentou vender o filho movido pelo demônio.
“Perguntado o pai do menor diz estar arrependido porque tomou a decisão de vender o filho movido pelo demônio. Por vezes falava de procurar cliente para vender a criança quando estivesse em estado de embriaguez. O que se constatou é que realmente estava à procura de alguém que lhe desse 100 mil meticais e entregar-lhe a criança”, disse.
No entanto, a fonte referiu que o negócio estava a ser feito à revelia da esposa que só tomou conhecimento sobre a venda do seu filho quando o marido foi neutralizado pela polícia.
“A esposa não sabia do negócio. Ficou espantada quando soube que o seu marido está detido por tentativa de venda do filho. Condenou a atitude do marido e pede para que seja responsabilizado criminalmente”, disse Manasse.
O porta-voz garantiu que já foi lavrado um processo-crime e o indiciado poderá ser levado à barra da justiça e ser responsabilizado pelo crime de tráfico de seres humanos.
“Como polícia, já fizemos aquilo que é da nossa responsabilidade. O indicado será levado a barra de justiça e responderá pela prática deste crime”, vincou.
(AIM)
Nestor Magado (NM)/dt