
Maputo, 12 Ago (AIM) – O governo moçambicano arrecadou 171.801,4 milhões de meticais (cerca de 2,6 biliões de dólares) em receitas, valor correspondente a 44,7 por cento da meta para 2025, estabelecida em 385.871,8 mil milhões de meticais.
No mesmo período, a despesa realizada foi de 213.432,5 milhões de meticais, que representa 41,6 por cento da meta anual, contra 226.520,4 milhões de meticais de 2024, correspondente a 39,9 por cento, o que anuncia um decréscimo real de 8,6 por cento.
Os dados foram avançados hoje em Maputo, pelo porta-voz do governo, Inocêncio Impissa, que sublinhou que o primeiro semestre de 2025 ficou marcado pela implementação eficaz do Plano dos Primeiros 100 Dias de governação.
Impissa, que também é ministro da Administração Estatal e Função Pública, falava no briefing à imprensa, minutos após o fim da 28ª sessão ordinária do Conselho de Ministros, que aprovou o balanço do Plano Económico e Social e Orçamento de Estado (PESOE) referente ao primeiro semestre de 2025.
O governo vai submeter o balanço na Assembleia da República, o parlamento moçambicano
O Plano dos primeiros 100 dias, segundo Impissa, teve uma abordagem integrada por pilares e reforçou a articulação entre políticas públicas e a territorialização das acções do Plano Económico Social e Orçamento do Estado (PESOE) para 2025.
“Apesar da contracção registada no primeiro semestre de 2025, em decorrência das manifestações violentas pós-eleitorais, focos de terrorismo em alguns distritos da província [nortenha] de Cabo Delgado, ocorrência de eventos climáticos extremos e os efeitos dos conflitos no Leste Europeu e no Médio Oriente, registamos melhorias na estabilidade macroeconómica e política, criação de linhas de financiamento para o sector produtivo, acções do governo orientadas para o bem-estar da população e a recuperação económica”, disse.
Por isso, no primeiro semestre, o Executivo não cumpriu 41 indicadores, de um total de 231, que corresponde a 18 por cento.
O balanço revela que, dos 231 indicadores do PESOE 2025, avaliados, 134, correspondentes a 58 por cento, alcançaram a meta; 56 indicadores (24 por cento) alcançaram de forma parcial a meta.
Na mesma sessão, o governo extinguiu a empresa Regadio do Baixo Limpopo (RBL) que operava na área total infraestruturada de cerca de 40 mil hectares.
Sobre o assunto, Impissa disse que a gestão dos regadios passa para o Instituto Nacional de Irrigação (INIR).
Segundo o porta-voz, o INIR irá fortalecer a articulação com as políticas nacionais de agricultura, assegurando apoio técnico aos 21.000 produtores, e reduzir a dependência de subsídios estatais a longo prazo, através da diversificação de fontes de receitas.
O RBL explora cerca de 10 mil hectares, e além do arroz, produção principal, cultiva o milho, algodão e outras culturas.
(AIM)
Ac/sg