
Director da Renco em Moçambique, Piergiorgio Vangelista
Maputo, 24 Set (AIM) – A Renco, empresa de capitais italianos, consolidou a sua posição como um dos maiores investidores estrangeiros em Moçambique, com especial enfoque na província de Cabo Delgado, zona norte, onde emprega mais de 1.100 trabalhadores, na sua maioria locais, e soma investimentos superiores a 120 milhões de euros nos últimos cinco anos.
Entre os projectos emblemáticos destaca-se o Terminal Portuário de Pemba, infra-estrutura considerada estratégica para apoiar os projectos de extracção de gás natural na bacia do Rovuma, concretamente o Mozambique LNG operada pela petrolífera francesa TotalEnergies.
A companhia também possui empreendimentos imobiliários e turísticos, como o Mekufi Beach Resort, várias unidades residenciais em Pemba e um apart-hotel, consolidando a sua presença no sector da hospitalidade.
O director da Renco em Moçambique, Piergiorgio Vangelista, em entrevista a AIM, destacou que a companhia está “numa fase bastante madura” no país.
“A Renco em Moçambique tem um portfólio muito diverso, que vai desde a construção ao sector da energia. Temos o Terminal Pemba Bulk, que é um dos nossos investimentos mais importantes, um verdadeiro distrito de indústria e logística”, afirmou o director da empresa em Moçambique.
No sector energético, a empresa está directamente ligada a contratos de construção para o desenvolvimento do gás natural em Cabo Delgado. “Estamos a construir um acampamento para 9.500 homens, bem como estruturas temporárias e fornecer betão para os projectos de óleo e gás. Quando a Força Maior for levantada, teremos actividades substanciais”, explicou Vangelista, referindo-se à suspensão que afecta o projecto da TotalEnergies na área 1.
A ligação da Renco ao sector do gás em Moçambique já permitiu a criação de milhares de empregos ao longo dos anos, com destaque para a absorção de mão-de-obra local. “Sempre operámos com, no mínimo, 350 moçambicanos. Actualmente contamos com cerca de 1.100 trabalhadores, muitos deles provenientes de Cabo Delgado. O nosso impacto é também garantir continuidade de trabalho a uma província que tanto precisa”, sublinhou o gestor.
Com investimentos visíveis no turismo, logística e energia, a Renco projecta continuar a crescer de forma sustentável em Moçambique. “Mesmo que tenhamos uma herança italiana, nós somos uma empresa moçambicana. A nossa visão é continuar resilientes, investir nas pessoas e reforçar a nossa presença no país”, concluiu Vangelista.
Com mais de 20 anos de actividade em Moçambique, a Renco é hoje considerada uma referência em Cabo Delgado, onde desempenha um papel vital não só no apoio à indústria do gás, mas também na dinamização da economia local.
(AIM)
Paulino Checo /sg