O Fundo para o Desenvolvimento da Economia Azul (ProAzul), braço financeiro do Governo para a dinamização da agenda da economia azul, está a aprimorar instrumentos internos para melhorar a colaboração multissectorial, com vista a garantir a mobilização de recursos para o sector.
Para o efeito, o ProAzul está a finalizar a criação do regulamento do Conselho da Economia Azul, órgão de aconselhamento e facilitação da participação de seus principais parceiros, assegurando o alinhamento das estratégias financeiras com as iniciativas de exploração sustentável de águas interiores, mar e linha costeira.
O dado foi confirmado há dias a AIM, em Maputo, pelo Presidente do Conselho de Administração (PCA) do ProAzul, Simeão Lopes, durante a primeira reunião do órgão em que no seu decurso foi assinado um memorando de entendimento entre o ProAzul e a GIZ Moçambique, organização alemã que vai financiar iniciativas de dinamização da agenda da economia azul.
“Através do funcionamento do Conselho da Economia Azul do ProAzul pretende-se que seja um mecanismo estratégico que viabilize a colaboração multissectorial que vai conduzir os assuntos inerentes à economia azul no país”, disse o PCA.
De acordo com a fonte, o primeiro encontro do fórum tem a importância de aglutinar experiências de múltiplas áreas do saber que, na sua óptica, bem coordenadas irão impulsionar o cumprimento das metas traçadas.
No que tange ao memorando assinado com a GIZ Moçambique, Lopes referiu que se enquadra no reforço da cooperação inclusiva e sustentável para o desenvolvimento da economia azul no que diz respeito ao apoio a diversificação do portfólio de projectos do ProAzul, bem como no desenho e aceleração de negócios para mulheres e jovens empreendedores em cadeias de valor azuis.
Por sua vez, o Director da Giz Moçambique, Ekkehardt Lang, lembrou que o país tem o quarto mais longo litoral da África, com rica vida marinha, abrigando algumas das mais importantes espécies da biodiversidades do mundo e com recursos energéticos significativos que sustentam a subsistência de milhares de comunidades costeiras, por isso aponta a economia azul como sendo o caminho para o desenvolvimento.
De acordo com a GIZ, por essa razão a implementação da estratégia sobre economia azul precisará de ser feita de maneira multissectorial, com apoio de diferentes actores, onde cada um contribua de maneira a garantir uma economia azul sustentável e assente na colaboração entre governo, sector privado, academia, e sociedade civil.
“O Governo de Moçambique está actualmente a moldar a sua visão para a Economia Azul com uma série de partes interessadas na próxima Estratégia de Economia Azul. Nós continuaremos a apoiar iniciativas em prol da economia azul”, garantiu.