
Maputo, 04 Jun (AIM) – O Primeiro-ministro moçambicano, Adriano Maleiane, quer ver os recursos financeiros do Fundo de Desenvolvimento de Economia Azul (ProAzul) a retornarem e serem rotativos para que beneficiarem a mais moçambicanos.
Discursando hoje em Maputo, durante a cerimónia de tomada de posse de Gabriel de Barros, como novo Presidente do Conselho de Administração (PCA) do ProAzul, Maleiane recomenda também o fomento de investimentos públicos e privados para projectos e acções prioritárias da Economia Azul, e promover uma autonomia e segurança de embarcações ao longo da costa moçambicana.
Além de apostar no estabelecimento de parcerias com a missão de mobilizar mais recursos para financiar as acções estruturantes da Economia Azul, Barros deve também finalizar a proposta de Estratégia de Desenvolvimento da Economia Azul.
“Recomendamos ainda ao empossado para que desenvolva acções que permitam o contínuo reforço da coordenação e colaboração com os outros sectores em matérias de boa governação do mar, fiscalização, investigação científica e tecnológica, assim como para a protecção e monitoria do ambiente marinho por serem condições fundamentais para o desenvolvimento sustentável da Economia Azul”, disse.
Para o sucesso da sua missão, Barros, segundo o Primeiro-ministro, deve pautar pelo trabalho em equipa, com uma direcção orientada para a resolução dos problemas dos cidadãos, bem como pelo “respeito dos princípios de isenção, transparência e boa gestão da coisa pública”.
Ao transformar, em 2019, o Fundo de Fomento Pesqueiro em ProAzul, o governo tem como objectivo promover e garantir o financiamento do desenvolvimento de actividades económicas de forma sustentável nas águas interiores, mares e oceanos, o que alarga a área de actuação do Fundo.
O ProAzul fomenta o desenvolvimento de cadeias de valor na Economia Azul, numa perspectiva de exploração sustentável de recursos, ao mesmo tempo que garante a protecção do meio ambiente.
“Ao apostarmos na exploração sustentável dos recursos existentes nas águas interiores, mares e oceanos, queremos assegurar, por um lado, o desenvolvimento económico do nosso país e, por outro, a preservação dos mesmos para o usufruto pelas gerações vindouras”, afirmou Maleiane.
Como mecanismo financeiro do governo, que trabalha em parceria com sector privado e sociedade civil, para que recursos estratégicos e financeiros sejam alinhados com iniciativas efectivas de exploração sustentável das águas interiores, mar e linha costeira, o ProAzul efectua gestão financeira e estratégica de projectos.
O ProAzul desenha mecanismos financeiros e estudos de novas fontes de recursos, além da assistência técnica ao Executivo no desenvolvimento da Economia Azul e no cumprimento dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.
Barros substitui no cargo de PCA, Simeão Lopes, empossado no início de março de 2022.
(AIM)
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