Maputo, 14 Abr (AIM) – A Frelimo, o partido no poder em Moçambique, reforçou a ajuda humanitária à população da vila de Mocímboa da Praia, província nortenha de Cabo Delgado, com a doação de cinco toneladas de arroz.
A ajuda é destinada a pessoas mais vulneráveis que estão a regressar à Mocímboa da Praia, idos das províncias de Nampula e Niassa onde tinham se refugiado devido aos ataques terroristas.
O donativo foi anunciado pelo Secretário-Geral (SG) do partido, Roque Silva, quando Interagia com a população daquele ponto do país, no prosseguimento da sua visita de trabalho à Cabo Delgado.
Silva reconheceu que o presente donativo não é suficiente a avaliar pelo número de pessoas que necessitam de apoio alimentar.
“Por sabermos que vocês estão a sofrer, nós trouxemos cinco toneladas de arroz para ajudar. Cinco toneladas não vão resolver todos os problemas, mas vamos entregar ao administrador do distrito para a devida distribuição”, explicou.
Acrescentou que “o que nós vamos pedir é olharem para aquelas pessoas que estão com maior dificuldade, saber dar prioridade a essas pessoas enquanto vai se mobilizando outros apoios”.
Segundo a Rádio Moçambique (RM), emissora pública nacional, a ajuda alimentar a Mocímboa da Praia veio no momento certo, pois a falta de alimentos é um dos principais problemas com que se debatem as famílias que vão retornando voluntariamente as suas comunidades.
No encontro que o SG da Frelimo manteve com a população na vila autárquica de Mocímboa da praia, a fome figura no topo das preocupações apresentadas.
“Esta população tem fome, nem para falar tem energias, se fosse possível hoje ou amanhã iria ter com o Presidente da República e pedir para enviar comida para poder sustentar a população de Mocímboa da Praia. Estamos a pedir comida, aqui estamos a enfrentar problema de fome”, disse o representante da população cujo nome não foi revelado.
Roque Silva disse que os problemas com que se debate a população daquele ponto do país são derivados essencialmente do terrorismo cuja solução requer o envolvimento de todos os seguimentos da sociedade.
“Não temos hospital bom aqui, escolas, por causa do terrorismo, não temos muitos edifícios do governo por causa do terrorismo, já tínhamos bancos aqui mas que foram destruídos. Isso só para terem uma noção dos problemas que o terrorismo provocou. Essas coisas todas têm que ser resolvidas pelo governo e por nós todos”, disse Silva.
(AIM)
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