
Maputo, 27 Set (AIM)- A central fotovoltaica de Mahel, localizada no posto administrativo do mesmo nome, distrito de Magude, província de Maputo, sul de Moçambique, está a realizar testes ao sistema de fornecimento de energia eléctrica aos demais consumidores conectados à rede de distribuição.
O novo empreendimento de geração e fornecimento de energia, erguido numa área de um hectare, tem a capacidade de produzir 100 quilowatts peak (kWp) e armazenar diariamente 650kWh.
A infra-estrutura, do modelo contentorizado, está avaliada em 72 milhões de meticais (1,127,789.27 dólares norte-americanos, ao câmbio do dia), desembolsados pelo Orçamento do Estado.
O complexo de painéis solares comporta um total de 312 unidades de 340Wp.
Até ao momento estão conectados à central 137 consumidores. Deste número, 100 clientes foram ligados na fase inicial do projecto e 37 após uma extensão por meio de uma adenda.
A rede eléctrica, com uma extensão total de 12.89 quilómetros, está igualmente ligada a 88 candeeiros de iluminação pública, conferindo assim maior segurança durante a circulação nocturna.
Entre os beneficiários está a sede do posto administrativo, a residência da chefe do posto, a escola, a unidade sanitária, posto policial, pequenos empreendimentos económicos, entre outros consumidores.
Segundo o “Notícias”, na sequência da edificação da central, os residentes do posto administrativo passarão a contar, igualmente, com um furo de abastecimento de água potável, que reduzirá a falta do precioso líquido às comunidades e aliviar a escassez com que se debatia.
Segundo João de Lima, técnico do Fundo de Energia (FUNAE), que é também gestor da central, citado hoje pelo jornal, os progressos executados no empreendimento cifram os 90 por cento, estando a decorrer a fase de acabamentos. Todavia, os testes até então efectuados à sua capacidade de geração e fornecimento mostram resultados encorajadores.
“Estamos a realizar todos os testes para identificar as falhas que podem ter acontecido durante os trabalhos de ligação aos consumidores e logo de seguida tratarmos de corrigir. Mas as nossas constatações sobre o funcionamento da central são muito boas”, disse Lima.
Os residentes do posto administrativo, cujas casas estão a receber a energia eléctrica a título experimental, também manifestam alegria, porque têm agora o precioso recurso no interior das suas residências, mas também porque acreditam que a mesma vai gerar outras oportunidades que, por sua vez, constituirão um valor acrescentado às suas vidas.
Na óptica da chefe do posto administrativo, Matilde Bié, a entrada em funcionamento da central de Mahel vai estimular o desenvolvimento desta parcela do distrito de Magude e atrair potenciais investidores às áreas que têm potencial, muito em particular a pecuária.
(AIM)
FF