Maputo, 24 Jan (AIM) – O Estado moçambicano arrecadou uma receita no valor de 338.295,3 milhões de meticais (cerca de 5,3 mil milhões de dólares) em termos absolutos no ano de 2023 contra 302.470,7 milhões de meticais (cerca de 4,7 mil milhões de dólares) em 2022 o que representa um crescimento na ordem de 11 por cento.
“Em termos absolutos a receita do Estado em 2023 observou uma avaliação nominal positiva de 11% em relação a 2022”, disse a presidente da Autoridade Tributária (AT), Amélia Muendane, hoje (24), em Maputo, durante a abertura do Seminário Nacional de Formação em Cooperativismo.
“Em termos absolutos foram cobrados 338.295,3 milhões de meticais em 2023 e dados provisórios contam 302.4770.7 milhões de meticais em 2022”, explicou.
Explicou que apesar de eventos adversos, como os ciclones IDAI e Kennedy, ataques terroristas em Cabo Delgado, o desempenho da economia no âmbito da arrecadação de receitas observou uma estabilidade com um crescimento médio anual a volta de 9,0% de 2015 a 2023. O maior pico foi em 2019 quando a receita do Estado registou um crescimento de 32%.
Segundo Muendane, Moçambique figura entre os países, onde a informalidade é mais prevalente comparado a nível global. Em 2021, estima-se que 44,7% do Produto Interno Bruto (PIB) foi gerado pelo sector informal.
“O sector informal é muito representativo e não tem tido nenhum contributo para a economia sobre o ponto de vista para arrecadação de receitas o que significa que a capacitação do sector informal pode ser um determinante chave para a transformação da nossa economia sobretudo no cômputo da distribuição da riqueza”, explicou.
Segundo a fonte, em termos de estrutura da produção a agricultura representa cerca de 70 por cento do sector informal, seguido pelo comércio (09 por cento), pecuária (06 por cento), construção civil (03 por cento), pesca (02 por cento) e outras actividades (09 por cento).
“Mais de 80 por cento da população economicamente activa em Moçambique é informal, o significa que só 20 por cento da nossa população está no sector formal”, disse.
O número da população que vive na informalidade, segundo a fonte, desafia o Estado moçambicano a trazer uma abordagem holística para a transformação económica a partir da base produtiva.
Esta abordagem é fundamental quando se observa que a população feminina, que representa mais de 50% da população moçambicana, representa 98,4% da população economicamente activa está no sector informal.
O evento de dois dias decorre sob o lema “Impulsionar as Cooperativas para o Desenvolvimento Económico, Inclusivo e Sustentável de Moçambique” tem como objectivo promover a troca de matérias ligadas ao cooperativismo moderno.
(AIM)
SNN/sg