
Chimoio (Moçambique) 19 Mar (AIM) – A Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve, há dias, um indivíduo indiciado de assassinar um menor no distrito de Sussundenga, província central de Manica.
São desconhecidas as causas do assassinato. Porém, a polícia, que também não revelou a identidade do menor, suspeita que se trata de mais um caso de tentativa de tráfico de órgãos humanos.
O porta-voz do Comando Provincial da PRM, em Manica, Mateus Mindu, explicou esta terça-feira (19), na cidade de Chimoio, que o menor foi encontrado sem vida abandonada numa mata.
Das diligências feitas foi possível capturar um indivíduo que, horas antes do desaparecimento e da ocorrência do crime, havia sido visto com o menor.
“Recebemos uma denúncia sobre a morte do menor e iniciamos um trabalho de busca que culminou com a detenção deste indivíduo. A sua detenção foi possível graças à colaboração da população. Algumas pessoas confirmaram terem visto este indivíduo na companhia do menor”, explicou Mateus Mindu.
Aliás, segundo a fonte, decorrem trabalhos para saber as razões da morte do menor e responsabilizar criminalmente os envolvidos neste acto que chocou os residentes de Sussundenga e zonas arredores.
“Decorre um trabalho para averiguar se, realmente, terá sido este indivíduo a tirar a vida do menor. Também saber as motivações do crime e, se tiver mais envolvidos, levá-los a barra da justiça”, referiu a fonte.
“A medicina legal também está a trabalhar para ver se houve a extracção de algum órgão no corpo do rapaz. O que soubemos de pessoas próximas é que o indivíduo, ora detido, levou o menor com a intenção de ir deixá-lo na casa de um seu familiar. Desapareceu e nunca mais reapareceu ao convívio familiar”.
Um dos residentes de Sussundenga disse que o indiciado alegou que estava a levar o menos para casa do seu pai, numa outra zona localizada naquele mesmo distrito.
Este é o primeiro caso de assassinato e tentativa de tráfico de órgãos humanos no primeiro trimestre deste ano (2024), na província de Manica.
Mateus Mindu apela a população para se manter vigilante e denunciar qualquer comportamento que concorra para práticas criminais.
Lembrou que o combate ao crime não é apenas tarefa da polícia.
A população também é chamada a participar no combate a este mal, fazendo denúncias às instituições de administração de justiça.
(AIM)
NM/sg