
Presidente da República, Filipe Nyusi, interage com membros da Força Local em Cabo Delgado. Foto arquivo
Maputo, 04 Abr (AIM) – O Presidente da Frelimo, Filipe Nyusi, considera que a Força Local, constituída maioritariamente por veteranos da luta de libertação nacional e voluntários, está a dar um contributo muito importante para travar o avanço de acções terroristas, que desde Outubro de 2017, afectam província nortenha de Cabo Delgado.
Nyusi falava na manhã desta quinta-feira, (04) na cidade Matola, província de Maputo, na Escola Central do Partido Frelimo, durante a abertura da II Sessão do Comité Nacional da Associação do Combatentes de Luta de Libertação Nacional (ACLLN), um dos órgãos sociais do partido.
“A força local tem contribuído para travar a onda de massacres, a destruição de Infra-estruturas e deslocamento de milhares de famílias em consequência dos ataques terroristas. São combatentes veteranos que também incluem seus filhos e se colocam a disponibilidade [para lutar]”, disse.
Explicou que os ataques armados perpetrados pelos terroristas são uma ameaça a paz, segurança, estabilidade do país e unicidade da nação. Por isso, imbuídos do mesmo espírito patriótico do passado, os combatentes decidiram organizar-se em força local.
Os veteranos em Cabo Delgado também estão empenhados lado-a-lado com os jovens das Forças de Defesa e Segurança e Forças Amigas no combate ao terrorismo.
Nyusi, que também é Chefe de Estado, diz que se trata de um grupo que, vezes sem conta, se predispõe a servir como grupo de avanço, participa em missões de reconhecimento e protege os objectos de interesse das comunidades.
A força local trava duros combates e tem infringido pesadas baixas no Teatro Operacional Norte (TON). Aliás, algumas das suas lideranças foram colocadas fora de combate pelos veteranos da luta de libertação nacional.
Por isso, o governo decidiu reconhecer a Força Local como “agrupamento excepcional e temporário constituído por cidadãos nacionais pertencentes a uma determinada comunidade que de forma voluntária se organiza para contribuir na auto-defesa contra a ameaça a soberania e integridade territorial”.
O Governo aprovou também o direito de subsídio mensal e outro tipo de assistência os membros desta força, como forma de elevar o nível de moral no combate.
“Temos a consciência de que precisamos de investir na defesa da pátria de forma estruturada, no entanto a pátria é nossa e a responsabilidade de defendê-la cabe a nós mesmos. Por isso, perante vós queremos reconhecer e exaltar a bravura e coragem dos filhos que nos dias de hoje continuam empenhados na defesa da nossa independência e soberania”, defendeu.
Esta Sessão da ACLLN, encerra as reuniões dos órgãos sociais do partido que iniciaram nos primeiros dias desta semana com o Conselho Nacional da Organização da Juventude Moçambicana (OJM), depois a Organização da Mulher Moçambicana (OMM), e antecedem a II Sessão Ordinária do Comité Central da Frelimo a ter lugar sexta-feira e sábado da semana corrente.
(AIM)
CC/sg