
Equipamento usado para o recenseamento eleitoral, Mobile ID
Maputo, 04 Abr (AIM) – O Centro de Integridade Pública (CIP) afirma que o número de avarias do equipamento para o recenseamento eleitoral, Mobiles ID, reduziu consideravelmente se comparado ao processo de recenseamento eleitoral para as autárquicas de 2023.
“O processo melhorou muito a nível de avarias, há poucas avarias, há poucos problemas em comparação ao processo de ano 2023”, disse sem avançar números, o editor do Boletim do CIP para as eleições, Lázaro Mabunda, em conferência de imprensa para fazer o balanço das primeiras três semanas do recenseamento eleitoral.
O exercício vai culminar com as VII Eleições Gerais-Presidenciais e Legislativas- e das IV dos Membros das Assembleias Provinciais e do Governador de Província.
Referiu que apesar da redução de casos de avarias, prevalecem problemas técnicos em algumas províncias.
“Observa-se mais problemas técnicos com equipamento de recenseamento nas províncias de Nampula, Zambézia e Sofala, como avarias dos Mobiles ID, impressoras, captação de imagens, corrente eléctrica e painéis”, disse.
Acrescentou que a província de Zambézia debate-se também com problemas de logística e de transitabilidade devido as chuvas que se fazem sentir naquele ponto do país.
O processo eleitoral, na província de Cabo Delgado, segundo a fonte, não só, é afectado pelos problemas de logística e de transitabilidade, como também enfrenta problemas de terrorismo, com destaque para os distritos Quissanga, Ibo e algumas aldeias de Chiúre e Balama.
Mabunda disse ainda que o CIP constatou a ausência de partidos da oposição em muitos postos de recenseamento devido à problemas logísticos e de conflitos no seio dos partidos Renamo e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM).
“Constatamos também a total ausência dos partidos extra-parlamentares nos postos de recenseamento”, acrescentou.
A fonte lamentou facto de os Secretariados Técnicos da Administração Eleitoral (STAE) distritais não reconhecerem os crachás dos observadores do CIP, emitidos pelos STAE’s provinciais, acto considerado pelo CIP, como um impedimento à observação eleitoral.
A fonte acusa o STAE e a Polícia da República de Moçambique (PRM) de criar um ambiente de hostilização e intimidação aos observadores do CIP.
[Como constrangimento deparamo-nos com um] “Ambiente de hostilização e intimidação aos observadores do CIP em quase todas as províncias, criado pelos STAE,s distritais e pela polícia (casos de Ngaúma, Limpopo, Ancuabe, Mecufi)”.
Refira-se que o STAE inscreveu, nos primeiros 15 dias de recenseamento eleitoral, mais de 2,4 milhões eleitores em todo o país, um exercício que arrancou a 15 de Março último em todo o país.
A cifra representa 32 por cento da meta, que é de 7,7 milhões de eleitores. São elegíveis todos os cidadãos com idade igual ou superior a 18 anos, ou que completam 18 anos no dia 09 de Outubro.
(AIM)
SNN/sg