Maputo, 04 Abr (AIM) – A Organização da Mulher Moçambicana (OMM), braço feminino da Frelimo, partido governamental, manifesta a sua preocupação com o fraco nível de pagamento de quotas de seus membros, que desempenham um papel muito importante para garantir o seu funcionamento.
A preocupação foi expressa na noite de quarta-feira (03), pelo Secretário-geral da Frelimo, Roque Silva, na sessão de encerramento da III Sessão Ordinária do Conselho Nacional da OMM, que teve lugar na cidade da Matola, província meridional de Maputo, e decorreu sob o lema “Mulher Moçambicana pela Unidade Nacional, Paz e Desenvolvimento”.
Segundo Roque Silva, a OMM tem ainda desafios estruturais que convidam a concertação de esforços de todos os membros. Trata-se de desafios já identificados, sendo por isso que constam do Plano de Actividades e Orçamento 2024-2025, aprovado nesta sessão.
“Um dos grandes desafios tem a ver com a criação de capacidade financeira para atender aos programas da Organização. A OMM deve tirar o máximo proveito de toda a capacidade e inteligência financeira dos seus membros para prover recursos para a organização”, disse Roque Silva.
Destacou que a Organização também deve encontrar formas criativas, fiáveis e sustentáveis para maximizar a rentabilidade do seu património. “Deve ainda encontrar formas articuladas e credíveis aos olhos dos membros, de cobrança de quotas.”
Aliás, deve preocupar cada membro da OMM, o facto de, conforme consta do relatório apresentado a esta sessão, o nível de quotização, ao longo de todo o ano de 2023, tenha crescido apenas em 0,024% em relação ao planificado para aquele período.
Segundo Roque Silva, dos 3.023.542 membros que a OMM possui hoje, se cada membro pagasse apenas 1 metical por mês, o valor de quotas arrecadadas em 2023 seria de 36.342.504 meticais (cerca de 567 mil dólares), somente naquele ano, e não 433.128,07 meticais (equivalente a 6.760 dólares) colectados, de acordo com o relatório.
Outro desafio, segundo Roque Silva, tem a ver com o registo do património da Organização, pois urge concluir esse processo.
“Quanto aos prazos, a própria Organização poderá definir em função da complexidade do tratamento dos documentos. A sugestão da liderança do partido é que não seja um prazo muito alargado”, disse.
Fazendo um balanço do evento, Roque Silva disse que foi uma oportunidade para a OMM fazer um exercício de avaliação e de retroalimentação sobre o trabalho realizado pelos órgãos, bem como o envolvimento dos membros nas actividades da organização, no intervalo desde a sessão anterior deste órgão realizada em Abril do ano transacto.
O relatório submetido à esta sessão permite constatar com satisfação que a OMM tem vindo a dar passos positivos em todas as suas frentes de acção.
Os participantes constaram o crescimento numérico de membros da OMM registado no período em balanço, em perfeita comunhão com o princípio de rejuvenescimento da organização.
Advertiu sobre a existência de forças externas que manipulam alguns dos concidadãos incautos para tentar derrubar a Frelimo.
“Gostaria, por isso, de vos exortar, caras camaradas, bem como a todos os membros desta nossa Organização para intensificar a vigilância, para a neutralização das manobras de todos quantos tentam pôr em causa a nossa independência, a nossa soberania”, disse.
Recomendou a OMM para continuar a se assumir como porta-estandarte da luta pela preservação dos legítimos interesses do povo.
(AIM)
Sg/dt