
Nampula, (Moçambique), 08 Abr (AIM) – O número de vítimas de afogamento no acidente marítimo ao largo da Ilha de Moçambique, na nortenha província de Nampula, continua a crescer e, segundo apurou a AIM de fontes da autoridade marítima, já são 98, com tendência a aumentar.
As buscas por sobreviventes continuam, mais de 24 horas após o acidente na zona de Quissanga (Sanculo), um bairro da Ilha de Moçambique, numa altura em que já se realizam funerais das vítimas mortais.
O acidente aconteceu no último domingo, quando um barco licenciado para a pesca, foi atingido por uma onda gigante, não muito distante do seu destino, com pouco mais de 130 pessoas que embarcaram no posto administrativo de Lunga, distrito de Mossuril, numa viagem que dura entre quatro a seis horas.
Testemunhas garantem que os viajantes que se amontoaram no barco, maioritariamente crianças e mulheres, abandonaram o seu local de residência habitual supostamente fugindo da cólera.
Outras fontes convergem em afirmar que a fuga de muitos, que acabaram por morrer, foi provocada por um foco de desinformação sobre a cólera, doença que, aparentemente, está a provocar muitas mortes em Lunga.
O administrador da Ilha de Moçambique, Silvério Nauaito, disse, esta manhã, a jornalistas, que equipas conjuntas integrando técnicos do município e autoridades marítimas locais, estão empenhadas na busca por sobreviventes.
Nauaito informou ainda que as cerimónias fúnebres estão a decorrer e que algumas vítimas já foram reconhecidas e recolhidas por familiares, que as levaram de volta a Lunga, seu local habitual de residência.
A Polícia da República de Moçambique (PRM), em Nampula, chamou a imprensa esta segunda-feira, para confirmar o ocorrido.
“A polícia lacustre e fluvial fez-se ao terreno e das actividades desenvolvidas foi possível o resgate de 13 sobreviventes. Consta nos nossos dados que foram registados 97 óbitos”, anotou.
(AIM)
RI(Rosa Inguane)/dt