Maputo, 10 Abr (AIM) – A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) prevê limitações na oferta de alimentos, sobretudo hortícolas, nas próximas semanas, como resultado das enxurradas que se registaram nas últimas duas semanas.
O trabalho de levantamento de danos e prejuízos junto do sector empresarial realizado pela CTA dá indicações de um cenário de uma oferta de alimentos condicionada.
“A CTA antevê que a oferta normal de bens alimentares como hortícolas, nas próximas semanas, seja condicionada, principalmente na zona sul”, disse a vice-presidente da CTA, Maria Abdula, em conferência de imprensa havida hoje (10), em Maputo, para fazer um balanço do impacto das enxurradas nos preços de produtos básicos e situação da missão empresarial para Lisboa e Porto.
Com as chuvas que se têm registado, nas últimas semanas, o sector empresarial somou prejuízos enormes nos diferentes sectores de produção.
“Indicações preliminares dão conta da existência de enormes prejuízos na forma de destruição de culturas agrícolas, estabelecimentos comerciais, maquinaria, vias de escoamento, entre outros”, disse.
Questionada sobre a possível subida de preços de produtos básicos, como consequência de destruição de culturas, Abdula respondeu, “Nós como CTA temos estado sempre a pedir ao empresariado a manter os preços, mas nem sempre é possível, mas vamos controlar a situação junto do Ministério da Industria e Comércio, bem como das instituições que fazem a monitoria”.
Abdula destacou que as receitas referentes ao ano 2024 no sector da banana já estão muito comprometidas devido às chuvas excessivas e ventos, que causaram quedas de plantas e comprometimento dos respectivos rebentos.
Acrescentou que as chuvas “estão, também, a propiciar a emergência de muitas pragas, que estão a atacar as culturas com grande intensidade”.
Abdula aproveitou a oportunidade para transmitir uma mensagem de solidariedade da CTA para com as vítimas do naufrágio ocorrido condolências e pesar às famílias enlutadas pelo naufrágio em Lunga, ocorrido no domingo (07), que resultou na morte de 98 pessoas.
Por isso, a CTA está, por isso, a mobilizar recursos junto do empresariado para canalizar às famílias enlutadas.
Apelou para que medidas apropriadas sejam tomadas para que desastres similares não voltem a acontecer.
(AIM)
SNN/sg