
Passaporte de Moçambique
Maputo, 28 Abr (AIM) – Os moçambicanos residentes na Tanzânia pedem ao governo uma maior facilidade e celeridade na emissão de documentos de identificação, para permitir a sua actuação naquele país vizinho.
O pedido foi formulado ao Primeiro-Ministro, Adriano Maleiane, durante um encontro mantido sábado em Dar-es-Salam com a comunidade moçambicana residente naquele país.
“Há muitos moçambicanos que foram nascidos aqui na Tanzânia que não têm documentos e para ter bilhete de identidade têm que ter primeiro certidão de nascimento de Moçambique. Por isso, queremos pedir ao senhor Primeiro-ministro para facilitar a aquisição destes documentos”, disse uma residente da Tanzânia, citada pela Rádio Moçambique, emissora nacional.
Em resposta, o governante comprometeu-se a trabalhar no sentido de agilizar o processo da emissão de documentos de identidade para os concidadãos residente na vizinha Tanzânia.
O Primeiro-ministro disse que o problema de emissão de documentos não é exclusivo da Tanzânia, pois afecta toda a diáspora.
Esclareceu que o governo criou brigadas que trabalham em alguns países com vista a minimizar o problema.
Aliás, disse Maleiane, a certidão de nascimento é, em princípio, emitido pelo país onde a pessoa nasceu e para que seja passado pelo país de origem é preciso que haja acordos entre os países.
“Como sabe a certidão de nascimento deve ser passada para uma pessoa que nasceu aqui e em princípio tinha que ser passada aqui. Para ser passada por Moçambique temos que ter acordos e também para perceber como as coisas podem funcionar sem prejudicar a estadia tranquila dos moçambicanos aqui”
Na Tanzânia, o Primeiro-Ministro também visitou o edifício onde funciona o Alto Comissariado de Moçambique junto a República Unida da Tanzânia em Dar-es-Salam, tendo ficado impressionado com os esforços que estão sendo feitos para a manutenção do imóvel.
“Ficamos bem impressionados pelo esforço que há para a manutenção do nosso edifício no meio das dificuldades que todos nós sabemos. Foi bom também interagir com os colaboradores e ficamos a saber o que está sendo feito. Naturalmente, que há muitos assuntos, mas a impressão com que ficamos é que todos estão empenhados no exercício das suas funções”
Maleiane visitou ainda a casa onde morava o primeiro Presidente da Frelimo, Eduardo Mondlane, e enalteceu o esforço do governo para a preservação daquele património pela sua importância na história de Moçambique.
“A nossa recomendação é que vamos continuar a ter esse edifício reabilitado para funcionar como um ponto de referência para quem vier a este país, aqui em Dar-es-Salam, em particular, quiser saber um pouco mais da nossa história desde a luta de libertação nacional, pelo menos tem espaço para visitar”, disse.
(AIM)
Snn/sg