
Presidente da República, Filipe Nyusi, passa em revista membros das Forcas Especiais
Maputo, 24 Mai (AIM) – O Presidente da República, Filipe Nyusi, desafia os recém-formados das Forças Especiais a intensificarem a luta contra o terrorismo e aumentar o nível de segurança das populações que, desde Outubro de 2017, são alvos dos ataques terroristas na província nortenha de Cabo Delgado.
Nyusi, que também é Comandante-Chefe das Forças de Defesa e Segurança, lançou o repto na manhã de hoje (24) na cidade de Nacala, província de Nampula, durante a cerimónia de encerramento do 53º Curso de Instrução Básica de Forças Especiais.
“A vossa missão é de intensificar o nosso caudal ofensivo contra o terrorismo e outros males que queiram desestabilizar o país”, disse o estadista moçambicano aos graduados.
“A vossa missão imediata é aumentar a segurança e transmitir esperança às populações das zonas onde serão afectos”, sublinhou.
Disse estar convicto que a força ora graduada está apta para missões de alto risco, que exigem flexibilidade, tenacidade e dureza na sua actuação contra o inimigo, porém, pede que os mesmos sejam capazes de agir com gentileza e compaixão no tratamento do povo.
Disse que este é um segredo para os recém-graduados conquistarem os corações das populações e é o primeiro passo para o sucesso das suas missões.
“Em outras palavras, estamos a transmitir o comando de que devem ser amigos da população, mas contundentes contra os inimigos do povo moçambicano”, sublinhou.
“O povo moçambicano venceu o colonialismo e resistiu aos regimes segregacionistas na África e Rodésia do sul, por isso, inspirados nesse passado de glórias, nós os moçambicanos, temos a maior e a total responsabilidade de eliminar o terrorismo e o extremismo violento em Moçambique”, acrescentou.
Explicou que com a participação da missão militar para Moçambique da SADC (SAMIM) e um contingente militar do Ruanda já não existe nenhuma sede de distrito ocupada pelos terroristas. “Eles já não têm uma base fixa e vários dos seus comandantes e cabecilhas sonantes foram postos fora de combate e isto mercê a entrega dos melhores filhos do povo moçambicano”.
Referiu que o combate ao terrorismo é missão de todos moçambicanos. Assim, não pode envolver diferenças religiosas, ideológicas, culturais ou de outra índole.
Advertiu todos os cidadãos para “vigiem qualquer movimento estranho, porque o terrorista pode residir no nosso seio, como vizinho, empregador, professor, pastor ou chefe, estrangeiro ou não, ou que desenvolva qualquer actividade em Moçambique”.
Convidou ainda a todos que se filiaram a estes grupos para abandonem o terrorismo e se juntarem “à grande família moçambicana, para juntos trabalharmos em prol do desenvolvimento do nosso país”.
Na ocasião, ainda instou as academias a embarcarem de “forma mais arrojada e patriótica no estudo das ameaças à paz e estabilidade do nosso país para compreender alguns fenómenos e recomendar soluções para sua mitigação ou eliminação”, e a todos os sectores das Forças de Defesa e Segurança a aprimorarem cada vez mais estratégias e métodos de defesa da pátria, através do recrutamento, formação, capacitação e equipamento dos efectivos com tecnologia à altura dos desafios actuais.
(AIM)
CC/sg