ONG propõe mais investimentos em alimentação escolar em Moçambique

Maputo, 29 Mai (AIM) – A organização não-governamental, Counterpart international, defende o investimento no valor de 479 mil dólares, em alimentação escolar nos próximos cinco anos em todo o país para ajudar a mitigar o problema da fome nas escolas nacionais.

A convicção foi expressa na manhã de hoje, em Maputo, pelo director adjunto da Counterpart International–Mozambique, Frenk Nhamuenda, durante a apresentação de um resumo de politicas sobre alimentação escolar no país num dos painéis da Semana de Acção Global pela Educação para Todos (SAGEPT).

Segundo a fonte, é uma cifra, que corresponde a menos de meio por cento do Produto Interno Bruto, ajudaria a resolver de imediato o problema da fome escolar no país.

“A curto prazo é um investimento para resolver a fome imediata. O investimento imediato resulta nisso, que é a resolução da fome imediata e dessa rede de protecção social, e também a curto prazo a questão de melhoria do capital humano em Moçambique e a longo prazo é a geração de riquezas para o país”, referiu.

 A fonte aponta que cerca de 18,8 por cento de todas as repetições de classe no país estão associadas à desnutrição crónica.

“As crianças com essa desnutrição crónica, quando não têm intervenções focadas nelas, quando se juntam à escola,  têm um atraso médio de 4,7 anos na educação escolar.  Isto é, uma criança com um quadro elevado de desnutrição crónica atrasa aproximadamente 5 anos na escola”, revelou.

Disse que estudos feitos pela Universidade de Harvard, num âmbito mais global, e a Universidade Eduardo Mondlane, num nível mais restrito, mostram a existência de benefício financeiro com a alimentação escolar.

“Vários estudos feitos são unânimes em mostrar que há retorno de investimento com a alimentação escolar. Os estudos feitos atrás de verificar o benefício financeiro da alimentação escolar mostram que existe um benefício”, refere.

Segundo a organização, um investimento na educação escolar geraria retornos na própria educação, saúde, nutrição, protecção social e agricultura.

(AIM)

CC/sg