
Alimentação escolar para reduzir índices de desnutrição nas crianças
Maputo, 01 Jun (AIM) – Com as VII Eleições Gerais-Presidenciais e Legislativas e as IV Eleições dos Membros das Assembleias Provinciais de Moçambique marcadas para 9 de Outubro deste ano, os partidos políticos são convocados a priorizar a questão da alimentação escolar em seus manifestos de governação.
O repto é da Counterpart International Mozambique, uma organização não governamental que está preocupada com os apenas 525.651 alunos que beneficiam do programa de alimentação escolar, representando cerca de sete por cento do universo de quase sete milhões de alunos inscritos no ensino primário.
“Há várias prioridades que o país tem, e há fundos de estradas, água, entre outros, mas não há um fundo de educação e não há um investimento considerável para a alimentação escolar”, lamenta o director interino da Organização, Frenk Nhamuenda, falando em Maputo em entrevista a AIM.
Por isso, apela aos “partidos políticos para que, nesse exercício de desenho dos seus manifestos, tomem em consideração a alimentação escolar como uma das prioridades de governação para os próximos cinco anos.”
A fonte destaca a gravidade do problema, mas também apresenta os benefícios tangíveis de investir na alimentação escolar.
“Os partidos políticos têm de tomar isso como uma responsabilidade sua de governação para o futuro”, sublinha.
Para Nhamuenda, a questão da alimentação escolar é composta por desafios de diversa ordem no país, principalmente a insuficiência de financiamento, definição de um quadro político e legal para alimentação escolar e infraestruturas inadequadas, daí defender a priorização da área.
A directora nacional de Nutrição e Saúde Escolar, Arlinda Chaquisse, por sua vez, diz não estar satisfeita com os números, razão pela qual o governo está a trabalhar para reverter o cenário.
“Nós ainda não estamos satisfeitos em relação àquilo que é o custo da alimentação escolar, temos informações globais de outras abordagens, mas é importante que nós saibamos como é que nós devemos mobilizar”, reconhece.
Garante que “estamos agora a querer desenhar uma estratégia de advocacia, justamente para podermos ter uma base de mobilização de recursos”.
(AIM)
CC/dt