
A Universidade Eduardo Mondlane (UEM), a maior instituição do ensino superior no país, registou uma queda de 11 por cento no número de candidatos para ingresso aos cursos de licenciatura em 2023, passando de 25.485 candidatos em 2022 para 22.753 em 2023.
Deste número, 55 por cento são do sexo feminino e os restantes do sexo masculino.
A informação foi tornada pública na manhã de hoje (28) em Maputo pelo Reitor da UEM, Manuel Guilherme Júnior, durante a apresentação do Informe na Reunião Anual daquela Instituição de ensino.
A fonte explica que por detrás da redução pode estar a expansão de escolas superiores pelo país.
“A oscilação do número de candidatos à UEM tem sido recorrente, havendo anos com maior procura e outros com número ligeiramente abaixo da média e uma das explicações óbvias desta oscilação, resulta da Política de Expansão do Ensino Superior dos últimos governos em Moçambique”, disse.
Mesmo assim, a UEM continua a ser a primeira opção dos moçambicanos para frequentar o ensino superior.
“A UEM continua a ser a universidade de referência e preferência nacional e, também, do continente africano. A título de exemplo, muitos estudantes africanos de pelo menos 15 países frequentam, actualmente, cursos de pós-graduação na UEM oferecidos pelos Centros de Excelência em Sistemas Agro-alimentares e Nutrição (CE-AFSN)”, disse.
Aliás, a UEM consta do ranking das melhores universidades africanas em 2023, tendo ocupado a 41ª posição a nível da África e 27ª na África Subsariana”, defendeu.
Em 2023, a UEM reduziu em dois por cento o número de vagas oferecidas para os cursos de graduação, passando das 5.890 vagas em 2022 para 5.790 em 2023.
“Esta redução é justificada pela descontinuidade de alguns cursos no período pós-laboral, causada pela insuficiência de candidatos”, explicou o reitor.
Ao nível dos cursos, à semelhança dos anos anteriores, o Curso de Licenciatura em Medicina continua a ser o mais concorrido, com um total 3.242 candidatos, seguido pelo Curso de Contabilidade e Finanças, com 1.795 candidatos”.
Outro fenómeno apontado pela fonte, é o de cursos com vagas não preenchidas.
Os cursos menos procurados em 2023 foram Biblioteconomia e Finanças no pós-laboral e Geologia Marinha no laboral, estando por detrás disso a “nova economia, uma situação caracterizada pelo uso cada vez mais massivo de novas tecnologias e inovação”.
Por isso, apela a uma avaliação profunda dos cursos e sua adequação ao mercado de trabalho, bem como o ajustamento ou descontinuação de cursos não atractivos sempre que necessário.
(AIM)
CC/sg