
Chimoio (Moçambique) 15 Jul (AIM) – A presidente da Rede das Mulheres Autarcas de Moçambique (RMAM), Helena Bandeira, desafia as mulheres a conquistarem o seu espaço dando o seu contributo, dedicação e maior empenho no processo de governação e desenvolvimento das 65 autarquias, em Moçambique.
A ideia, segundo Helena Bandeira, é fazer com que a mulher conquiste o seu espaço na governação autárquica e participe em todas as actividades para o crescimento dos municípios.
O desafio foi lançado, esta segunda-feira (15), na primeira reunião Ordinária da Rede das Mulheres Autarcas de Moçambique (RMAM) que decorreu na cidade Chimoio, capital da província de Manica, centro de Moçambique.
Helena Bandeira reconheceu a participação da mulher na governação autárquica. Contudo, disse ainda persistirem alguns desafios por superar que passam pela valorização da mulher.
Referiu que este mal só poderá ser superado com a participação da mulher no processo de desenvolvimento local e na construção de uma sociedade mais justa, “onde a participação da mulher é notável através de ideias de crescimento.”
Reconheceu a necessidade de considerar as diferenças existentes, mas que a voz da mulher seja ouvida dentro da comunidade para a construção de uma sociedade mais inclusiva.
“Ainda existem muitos obstáculos, mas juntas podemos fazer mudanças e tornar as autarquias mais inclusivas e igualitárias. É fundamental que as mulheres autárquicas sejam reconhecidas e valorizadas pelo seu papel na promoção do desenvolvimento local e na construção de uma sociedade próspera e democrática”, disse.
Para o alcance desse objectivo, segundo a fonte, é necessário que haja união de forças e a partilha de experiências de liderança no seio da própria mulher autárquica.
“É importante a capacitação das lideranças locais para promoverem uma governação participativa e inclusiva, considerando as diferentes realidades e necessidades das mulheres, onde a transparência e a prestação de contas são essenciais para o fortalecimento da confiança da sociedade nas instituições locais”, sublinhou.
Disse ainda ser preciso incentivar a participação activa das mulheres e crianças nas decisões que impactam as suas vidas, garantindo que sejam ouvidas e consideradas em todas as esferas da governação municipal.
Entretanto, o presidente da Associação Nacional do Municípios de Moçambique (ANAMM), João Ferreira, enalteceu o papel da mulher no crescimento das autarquias.
Disse que pesquisas feitas pela ANAMM, nas 65 autarquias, sobre a mulher no poder no município, concluiu ser urgente aumentar a representação feminina nos cargos de liderança, bem como promover o ambiente mais inclusivo e igualitário para permitir a valorização e respeito pela representatividade de género, em todas as áreas de desenvolvimento autárquico.
“Queremos, com isso, reafirmar o nosso compromisso de acelerar o cumprimento dos objectivos de desenvolvimento sustentável, em coordenação com a rede autárquica de Moçambique e outras instituições”, sublinhou João Ferreira.
“É essencial que mulheres e homens promovam a criação de melhores condições de vida em seus municípios. Para tal, devemos trabalhar juntos para garantir que todos os cidadãos tenham acesso a serviços de qualidade e oportunidade de desenvolvimento”, apelou.
A reunião ordinária da Rede da Mulher Autárquica de Moçambique teve a duração de um dia e juntou perto de 130 participantes, com destaque para vereadores e outras funcionárias de diversas repartições municipais de todo o país.
O encontro decorreu sob o lema: “Mulheres Autarcas de Moçambique, Empoderamento Comunidades Transformando Vidas”.
(AIM)
Nestor Magado {NM}/dt