
Maputo, 21 Jul (AIM)- A produção do açúcar em Moçambique poderá atingir 210 mil toneladas na campanha 2024/2025, uma tendência ligeiramente crescente quando comparada com a anterior época, em que os indicadores estiveram fixados na ordem de 200 mil toneladas.
Entretanto, ainda assim, este comportamento continua inferior às reais capacidades da indústria nacional, muito por conta da influência da paralisação da Açucareira da Maragra em 2022, devido à inundações, na província meridional de Maputo, assim como do impacto dos eventos climáticos, que têm sido frequentes no país.
Estas perspectivas foram apresentadas ao “Notícias” pelo director executivo da Associação de Produtores de Açúcar de Moçambique (APAMO), Orlando da Conceição.
Mas, apesar de as quantidades não corresponderem às capacidades da indústria, a produção vai continuar a responder à demanda do mercado nacional.
Nos últimos 10 anos a produção do açúcar em Moçambique teve como média cerca 350 mil toneladas/ano, num contexto em que o país absorve apenas metade desta quantidade.
Aliás, o director executivo da APAMO já havia elucidado que em algumas ocasiões Moçambique não chega a consumir sequer 50 por cento das quantidades produzidas, o que significa que a disponibilidade deste produto no mercado não está ameaçada.
Da Conceição argumentou que apesar da Açucareira da Maragra, ora paralisada, dispor de uma importância significativa, ainda assim outros produtores, como as açucareiras de Xinave, na província de Maputo, e Mafambisse, na central de Sofala, continuam a contribuir para que o mercado não se sinta penalizado.
No momento as maiores preocupações da indústria recaem para a entrada ilegal do açúcar no país, o que se nota na redução, nos últimos anos, da produção verificada em cada campanha.
(AIM)
FF