Manhiça (Moçambique), 17 de Ago (AIM) – O candidato presidencial suportado pela Frelimo, partido no poder em Moçambique, Daniel Chapo, apresentou-se hoje na vila municipal da Manhiça, província de Maputo, zona sul do país, perante uma moldura humana, a quem reiterou a promessa de que a sua candidatura é de mudança.
Para Chapo, só ele está em melhores condições para responder aos desafios actuais do país, tendo em conta que, com o seu partido, conhecem melhor as preocupações do povo moçambicano, depois de um périplo para diálogo e auscultação do povo em todo o país.
“Somos uma candidatura de mudança porque nós conhecemos profundamente as preocupações da população, da nossa juventude, com base na nossa experiência como resultado do trabalho que temos vindo a fazer com a população por todos os locais onde passamos”, disse Chapo.
O candidato da Frelimo assegurou que está no topo da sua agenda de governação, caso seja eleito no dia 9 de Outubro, a recuperação da indústria local, com destaque para a Açucareira da Maragra, actualmente paralisada e voltada ao abandono.
Num comício caracterizado por cânticos e mensagens de apoio, Chapo assegurou a população da Manhiça que conhece suas preocupações, assegurando que, quando chegar ao poder, tudo fará para resolver os problemas da província de Maputo, e do distrito da Manhiça, em particular.
Segundo o candidato presidencial da Frelimo, ele é prático, fruto de experiência obtida no terreno. “Queremos nos focar em resolver problemas concretos, e os problemas da juventude. Vamos trabalhar para reactivar a Maragra, um dos projectos que dava emprego a população da Manhiça e da província. Já existe algo concreto e em mão, para se poder trabalhar e reactivar a açucareira”, disse.
Vincou que quer ajudar Manhiça a abandonar a agricultura de subsistência e abraçar uma produção mecanizada, tendo como base a experiência da província de Inhambane, onde foi Governador.
“Falando de resultados práticos e não teoria, hoje a província de Inhambane já está a exportar manga, ananás, banana e outra fruta para a África do sul e nós vamos fazer isso também aqui na província de Maputo. Nós tiramos Inhambane de uma província que importava tudo e hoje exporta tudo”, vincou.
Explicou que a mecanização agrícola tem o condão de fomentar o surgimento de pequenas e medias empresas que poderão operar no sector de agro-processamento, abrindo possibilidade de empregabilidade, num distrito em a principal preocupação é a falta de trabalho para a população, em especial os jovens que constitui a maioria.
Apresentou duas soluções para o crónico problema de habitação para jovens em Moçambique. A primeira, o seu executivo vai construir casas para jovens para o pagamento faseado e a preço acessível e a segunda será a entrega em vilas municipais como Manhiça, de terra infra-estruturada, com estradas, água, energia, hospitais e escolas.
“Assim acreditamos que os jovens vão realizar os seus sonhos de terem casa própria”, salientou.
Voltou a reiterar o seu compromisso em criar um Banco de Desenvolvimento, com linhas de financiamento fáceis para incentivar as iniciativas empreendedoras, através de apoio com dinheiro.
“É uma espécie de um banco do povo que vai emprestar dinheiro fácil as pessoas com pequenas iniciativas de geração de renda e capazes de multiplicar oportunidades de negócios. Essas linhas de financiamento também terão especial foco para as mulheres, que reconhecemos que tem potencial”, disse.
(AIM)
Paulino Checo (PC)/FF