Maputo, 08 Ago (AIM) – O governo japonês entregou dois milhões de dólares ao Programa Mundial para Alimentação em Moçambique (PMA) para prestar assistência humanitária a pelo menos 48 mil pessoas afectadas pelos taques terroristas no norte de Moçambique.
A assistência inclui distribuição bimensal de arroz e peixe oriundos do japão nas zonas que enfrentam constrangimentos ligados a condições de segurança.
Para o efeito, o embaixador japonês, Keiji Hamada, assinou na manhã desta quinta-feira (08) um Acordo para a Concessão de Assistência Alimentar com o director nacional adjunto do PMA, Maurício Burtet.
Na sua intervenção, o embaixador japonês disse que a intensificação das acções de grupos armados em Cabo Delgado desde o final do último ano levou a deslocação de um elevado número de pessoas e agudizou a segurança alimentar e nutricional.
“Estamos cientes que, desde o final do ano passado, os grupos armados intensificaram os seus ataques na província de Cabo Delgado, resultando na deslocação de mais de 130 mil pessoas entre Dezembro do ano passado e Maio deste ano e essa deslocação tornou a segurança alimentar e nutricional mais difícil para as pessoas que vivem na província de Cabo Delgado, Nampula e Niassa”, disse.
“Em resposta a esta situação, o governo do Japão tem estado a apoiar as pessoas através de assistência humanitária e de desenvolvimento”, acrescentou.
Hamada disse esperar que a parceria acelere ainda mais a assistência prestada aos deslocados.
Por sua vez, o Burtet disse que a doação revela o compromisso daquele país asiático em melhorar a segurança alimentar em Moçambique.
“Esta contribuição significativa reflecte o compromisso contínuo do governo do Japão em melhorar a segurança alimentar e nutricional em Moçambique. O financiamento, equivalente a dois milhões de dólares americanos, permitirá ao Programa Mundial para Alimentação assistir a cerca de 48.000 pessoas vulneráveis no norte do país”, referiu.
Disse que o apoio é suficiente para satisfazer as necessidades alimentares e nutricionais imediatas das comunidades mais vulneráveis.
Presente na ocasião, a Presidente do INGD, Luísa Meque, defendeu que só com a colaboração entre diversos sectores será possível atingir objectivos comuns.
“É nosso entendimento que a força da nossa parceria com o Japão, bem como com outras organizações internacionais, realça a importância da unidade e da colaboração face às adversidades impostas pelos múltiplos eventos que afectam o nosso país”, defendeu.
A fonte ainda disse que “a assinatura deste Acordo para a Concessão de Assistência Alimentar, avaliada em dois milhões de dólares americanos, vai reforçar significativamente a capacidade do governo de Moçambique para responder às necessidades urgentes de segurança alimentar das vítimas dos eventos extremos”, apontou.
Nos últimos anos, o sector de gestão e redução do risco de desastres beneficiou de vários apoios do Japão, entre eles em 2019, o apoio às vítimas do ciclone Idai no valor de 6,9 milhões de dólares e em 2022, ajuda financeira na ordem de 5,3 milhões de dólares para assistência humanitária.
(AIM)
CC/sg