Maputo, 09 Ago (AIM) – O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) deteve, quinta-feira (08), dois indivíduos, em Maputo, em conexão com o rapto de uma criança, de sete anos, ocorrido no dia anterior.
Um dos suspeitos é namorado da mãe da criança, que integrava um grupo de agentes do SERNIC, que estava na peugada do sequestrador que exigia 150 mil meticais (2.348 dólares) de resgate para libertar a sua vítima.
O suspeito foi detido quando o grupo referido seguia ao encontro dos malfeitores na baixa da cidade de Maputo, onde o sequestrador dizia que se encontrava para receber o valor de resgate
A SERNIC desconfiando do possível envolvimento do indivíduo em causa ordenou ao mesmo para entregar o seu telefone, a partir do qual apurou-se que teria sido usado para enviar mensagens do pedido de resgate à família do menor.
O facto foi dado a conhecer hoje em Maputo pelo porta-voz do SERNIC, Hilário Lole, em conferência de imprensa.
“Tivemos um caso apresentado ao SERNIC, a princípio tratava-se de um caso de desaparecimento, mas mais adiante apercebemo-nos que se tratava de um rapto …, o SERNIC efectuou diligências investigativas que iniciaram na noite do dia 7 até dia seguinte”, disse.
Durante a noite, os indivíduos que levaram a criança iam efectuando várias chamadas para a família, exigindo 150 mil meticais para libertar a criança”.
Os indiciados são confessos, e o namorado da mãe da criança diz que concebeu o plano de rapto para poder pagar dívidas com o valor de resgate. O comparsa diz que foi aliciado para o caso pelo seu amigo, o namorado da mãe da vítima.
“Eu tinha um problema de dívidas que tinha que pagar a alguém. Por isso, optei por levar a criança de 7 anos e convidei meu amigo para levarmos a criança, falei para ele ir à escola e levar a criança até a zona da Missão Roque”, disse o suspeito.
Outro indiciado disse, “ele apenas me convidou, deu-me a foto do miúdo e fui até a escola dele, entrei na sala e chamei a ele, caminhamos até Magoanine e depois até Missão Roque”.
O SERNIC afirma que este rapto ter a particularidade de não envolver armas de fogo, tendo apenas usado apenas as relações de proximidade que tinham junto a família para poder lograr os seus intentos.
Por isso, as autoridades alertam a sociedade em geral para se precaver destas atitudes e apela para a denúncia e colaboração junto as autoridades como forma de ajudar na mitigação e solução dos casos de raptos e outros crimes que assolam o país.
(AIM)
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