
Trio suspeito pelo homicídio da Ka Tembe
Maputo – 26 Set (AIM) – O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) deteve três indivíduos de nacionalidade moçambicana em conexão com o assassinato de um cidadão ocorrido na cidade Maputo.
Os suspeitos, e mais um que ainda se encontra a monte, sequestraram na noite de 11 do mês corrente um cidadão de 49 anos de idade, residente no bairro de Chamissava no distrito municipal da Ka Tembe.
Para a sua libertação, os mesmos exigiram um valor de resgate 50 mil meticais (cerca de 783 dólares) aos familiares da vítima que, de imediato, depositaram cinco mil meticais na conta do finado enquanto procuravam mobilizar mais recursos para completar o valor exigido.
Um dos sequestradores para fazer valer a sua ameaça desferiu um golpe com uma faca que atingiu a de um dos membros inferiores da vítima, que não resistiu aos ferimentos e perdeu a vida no local por hemorragia.
Quando se aperceberam que a vítima havia perdido a vida, os suspeitos, com idades compreendidas entre 24 e 26 anos, ligar novamente aos familiares para exigir o valor de resgate e mais tarde confessaram a família que o seu ente querido já havia perdido a vida.
A fonte explicou que a detenção dos mesmos resulta das diligências feitas depois que a corporação tomou o conhecimento do sucedido.
“O SERNIC esteve nas primeiras horas no local depois de tomar conhecimento desta situação, fez seu trabalho, recolhendo vários depoimentos das testemunhas residentes naquela área como outras informações que a SERNIC teve acesso”, disse.
Segundo o porta-voz da SERNIC para a cidade de Maputo, Hilário Lole, os suspeitos já vinham protagonizando crimes do género faz algum tempo.
Referiu que este não é o primeiro caso reportado naquela área de jurisdição. “Aliás, num dos casos, eles chegaram a conseguir cerca de 13.000 meticais que foi cedido pelas familiares da vítima para a sua libertação o que fez nos concluir que não era um caso isolado era um grupo que agia naqueles moldes”.
Os indiciados são confessos e alegam que não tinham nenhuma intenção de tirar a vida do finado.
“Cometemos o crime porque queríamos dinheiro, então exigimos 50 mil meticais, mas a família disse que não tinha condições para nos dar esse valor e depositaram cinco mil meticais antes de ele morrer”, disse um dos suspeitos.
Outro comparsa diz que ficou espantado quando viu a vítima a sangrar e nem sequer sabe dizer quem dos amigos atingiu a vítima.
“Eu não estava no local quando esfaquearam a vítima, eles apenas apareceram com ele a sangrar”, disse.
Por sua vez, o irmão do finado diz que a família colaborou com os indiciados na expectativa de que a vida do seu ente querido fosse poupada.
“O meu irmão que atendeu pela primeira vez disponha de cinco mil meticais no telefone, é o valor que começou a enviar na expectativa de conseguir mais valor para depositar no agente para poder enviar porque eles não queriam contacto connosco”, disse.
Caso venham a ser condenados pelo tribunal os indiciados incorrem a uma pena de pena de prisão de 20 a 24 anos.
(AIM)
ZT/sg