Para breve reabilitação da estrada Nacarôa-Memba

Nacarôa (Moçambique), 24 Set (AIM) – O governo moçambicano está comprometido com o desenvolvimento económico do norte do país e, para o efeito, tenciona reabilitar a estrada que liga os distritos de Nacarôa e Memba, numa extensão de cerca de 80 quilómetros de comprimento.

A estrada é de extrema importância para os residentes de ambos os distritos, pois vai facilitar as trocas comerciais e, deste modo, a actividade económica.

A campanha vai culminar com as VII Eleições Gerais-Presidenciais e Legislativas e das IV dos Membros das Assembleias Provinciais e do Governador de Província

A esposa do secretário-geral e candidato presidencial da Frelimo, Gueta Chapo, anunciou o facto hoje (24), durante um comício realizado no distrito de Nacarôa, que marcou mais uma jornada para apoiar a campanha eleitoral da Frelimo e seu candidato presidencial, Daniel Chapo.

“A Frelimo e Chapo sabem que a população de Nacarôa precisa de melhorar a estrada que sai de Nacarôa a Memba”, disse Gueta Chapo, durante o comício popular em Nacarôa.

Falando à AIM, Caetano António Jone, director de Planeamento e Infra-estruturas de Nacarôa, explicou que “a estrada é o pulmão do desenvolvimento e, sem ela o desenvolvimento acaba ficando estagnado”.

Jone defende que a reabilitação da estrada irá promover as trocas comerciais de recursos marinhos existentes em Memba, bem como da mandioca, feijão, milho e outros produzidos em Nacarôa, considerado celeiro da província”.

“A estrada vai facilitar o escoamento dos produtos de Nacarôa para Memba, assim como dos mariscos de Memba para Nacarôa, contribuindo, assim, para melhoria da vida da população de ambas partes, através da redução dos preços dos produtos”, esclareceu.

Lamentou a degradação da estrada, que impacta negativamente na economia da população de Nacarôa e Memba.

“O impacto das estradas é muito importante para o desenvolvimento dos distritos. Por isso, na falta destas infra-estruturas, o desenvolvimento do país acaba ficando retraído”, considerou.

As deslocações dos residentes de Nacarôa e Memba são feitas actualmente através de motorizadas e carro, mas com muitas dificuldades, situação que se agrava em tempo chuvoso.

“Quando chove a estrada fica intransitável, até porque nem de motorizada é possível passar”, acrescentou

Importa sublinhar que, o distrito possui apenas uma agência bancária, Moza Banco, mas nem todos funcionários são clientes desta instituição financeira.

“Temos colegas que ainda recebem nas outras agências e, neste momento, estamos a trabalhar por forma a mobilizar os restantes trabalhadores que estão à deriva para aderirem ao Moza Banco. Este é o único desafio que temos neste processo, porque existem funcionários endividados noutros bancos e não têm o domicílio no distrito”, disse.

Acredita que o trabalho de mobilização está a contribuir para a melhoria da economia do distrito, porque “há cerca de quatros anos, as pessoas guardavam o dinheiro nas suas próprias casas. Já tivemos casos de muitas pessoas que viram as suas residências arrombadas e perderam o seu dinheiro”.

Gueta Chapo recomenda a população a votar na Frelimo, partido no poder em Moçambique e seu candidato presidencial Daniel Chapo. Como, como forma de garantir a execução de acções interventivas por forma a solucionar os problemas que afligem a população de Nacarôa, incluindo a falta de emprego e formação técnico-profissional para os jovens.

A construção de um Hospital Distrital de Nacarôa e de uma fábrica de processamento da castanha, engrossam a lista de realizações que a Frelimo e Chapo se comprometem a realizar caso vençam as eleições do dia 09 de Outubro próximo.

“Por isso, estamos aqui para pedir o voto consciente de todos rumo ao desenvolvimento do país”, apelou.

Gueta Chapo dirigiu-se ainda ao mercado 19 de Outubro para realizar uma campanha interpessoal com os vendedores e, seguiu ao encontro com líderes comunitários.

António Martins, líder comunitário de Nacarôa afirmou que alguns residentes deste distrito são confundidos com terroristas e, muitas vezes considerados fomentadores do terrorismo.

“Sofremos calúnia por causa da nossa religião muçulmana. Alegam que há um casamento entre o terrorismo e a comunidade islâmica o que não corresponde a verdade”, disse.

(AIM)

NL/sg