
Maxixe (Moçambique), 04 Out (AIM) – A Administradora do distrito da Maxixe, Maria do Céu Cumbana, afirma que é responsabilidade de todos os cidadãos consolidar a paz, uma conquista do povo moçambicano.
Para o efeito, disse Maria Cumbana, todos os cidadãos são chamados a uma reflexão profunda sobre a missão que cada um deve assumir na edificação do país com uma paz duradoura, onde reina o respeito a tolerância, perdão e reconciliação.
Cumbane falava durante as cerimónias alusivas ao 32º aniversário do Acordo Geral de Paz assinado em Roma a 4 de Outubro de 1992, que marcou o fim da guerra de 16 anos após dois anos e meio de negociações entre o governo moçambicano e a Renamo, com o apoio da Comunidade de Sant’Egidio.
A efeméride foi celebrada sob o lema “Confissões religiosas unidas na construção de cultura de paz em Moçambique”.
Vale lembrar que nesta data, em 1992, terminava um conflito aterrador que produziu mais de um milhão de mortos e mais de seis milhões de refugiados e deslocados.
“Convidamos a todos e a todas as confissões religiosas, organizações sociais, sociedade civil, dentre outros actores da paz, para continuarem empenhadas na construção de uma sociedade justa, estável, feliz e cada vez mais pacífica, através da promoção do progresso social, que inclui campanhas de sensibilização para a assistência humanitária”, disse.
Referiu que o Acordo trouxe a paz tão desejada, consolidou o processo democrático em curso no país, possibilitou o fortalecimento das instituições, favoreceu o desenvolvimento do país e permitiu que Moçambique fosse visto na arena internacional como um exemplo de sucesso.
Por isso, manifestou a sua convicção de que num futuro breve a vida vai retornar a normalidade nas regiões assoladas pelo terrorismo e a restauração da paz definitiva será irreversível.
Já o representante da Comunidade de Sant’Egidio, Meneses Arnaldo, disse que a 04 de Outubro marca a restauração da paz em Moçambique após um conflito aterrador que causou mais de um milhão de mortos, bem como mais de seis milhões de refugiados e deslocados.
Referiu que até antes da assinatura do Acordo, a paz parecia um sonho e para alguns era apenas uma utopia. Aliás, ao longo de muitos anos nem sequer tinha sido possível imaginar a paz. Imaginar a paz em Moçambique parecia loucura.
“Mas alguém sonhou. E a paz acabou chegando e transformando este país. Pois sim, a paz é possível, mesmo quando não se vê, quando não parece possível.
Referiu que este dia calha num momento difícil, com muitas guerras abertas, uma altura em que muitos querem reabilitar a guerra como solução dos conflitos. É neste contexto que queremos realçar o método das conversações de Roma: “Procurar aquilo que une, pôr de lado aquilo que divide”.
“Procurar aquilo que une, pôr de lado aquilo que divide”. É o método do diálogo que torna fecunda a democracia e garante a dignidade de cada cidadão. É a herança para o nosso futuro”, afirmou.
Por isso, disse deve-se reforçar a todos os níveis à busca do bem comum.
(AIM)
sg