
Secretário de Estado na província de Manica, deposita coroa de flores na Praça dos Heróis, em Chimoio
Chimoio (Moçambique) 04 Out (AIM) – O secretário de Estado na província de Manica, centro de Moçambique, Fernando Bemane, reafirmou que o diálogo e a unidade nacional são as principais “ferramentas” para a preservação de uma paz afectiva e a construção de uma sociedade unida, próspera e desenvolvida.
Fernando Bemane falava hoje (04), na cidade de Chimoio, capital provincial de Manica, durante as cerimónias alusivas a passagem do 32º aniversário dos Acordos de Paz que colocaram fim a de 16 anos, que envolveu a Renamo, na altura antigo movimento rebelde e o governo de Moçambique.
Os acordos de paz foram assinados no dia 04 de Outubro, em Roma, capital italiana, em 1992, pelo líder da Renamo, Afonso Dhlakama e Joaquim Chissano.
O secretário de Estado da província de Manica disse que o diálogo e o amor ao próximo são uma das formas de preservar a paz para a construção de um Moçambique cada vez mais próspero.
“A reconciliação, o diálogo e a união são as únicas formas de resolver qualquer diferença entre os moçambicanos sem o recurso a qualquer tipo de violência. Está é a única forma que preservar a paz que é um bem comum”, salientou Bemane.
“A paz não é apenas o calar das armas. Ela começa dentro de nós. Nos nossos corações. No nosso local de residência, de trabalho e nas nossas comunidades. Só assim é que podemos construir um país que todos desejamos. Sem violência nem outro tipo de mal”.
Sublinhou que a paz social também é importante para os moçambicanos, onde há sossegou e uma vida cada vez melhor para o povo.
“Se não tivermos paz não teremos o desenvolvimento, mais infra-estruturas sociais básicas e melhor assistência social a população. Ela é um bem comum que a sua preservação depende de todos os moçambicanos”.
Apelou aos moçambicanos para estarem unidos na busca de soluções para colocar fim a violência que se vive na província nortenha de Cabo Delgado, protagonizada por extremistas, cujas motivações são pouco conhecidas.
“Vamos ser unidos e dizer chega a onda de violência que se vive em Cabo Delgado. A primeira paz deve ser o interior de cada um dos moçambicanos. O nosso apelo é que os terroristas percebam que os moçambicanos estão cansados da guerra. É tempo de construir o país. Deixem as armas e se juntem ao processo de desenvolvimento”, acrescentou o governante.
A violência iniciada em 2017, na província de Cabo Delegado já fez mais de quatro milhares de mortos e milhões de deslocados que procuram em zonas seguras.
Bemane aproveitou a ocasião para mobilizar os moçambicanos a afluir em massa e de forma ordeira nas assembleias de voto nas eleições gerais, presidencial, legislativas e das Assembleias Provinciais que terão lugar quarta-feira (09) próxima.
(AIM)
Nestor Magado (NM) /sg