
Presidente da República, Filipe Nyusi, na Cimeira Extraordinária da SADC
Maputo, 21 Nov (AIM) – A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) reafirmou o seu compromisso inabalável de trabalhar com Moçambique para garantir a paz, a segurança e a estabilidade, através das estruturas relevantes do Órgão de Cooperação nas Áreas de Política, Defesa e Segurança desta organização regional.
O compromisso foi assumido, quinta-feira (20), em Harare, a capital do Zimbabwe, durante a Cimeira Extraordinária dos Chefes de Estado e Governo da SADC, que contou com a participação do Presidente moçambicano, Filipe Nyusi.
Segundo o Comunicado Final emitido na ocasião, Nyusi informou aos seus homólogos sobre a situação política e de segurança pós-eleitoral no país.
“A Cimeira apresentou as suas profundas condolências ao Governo e ao povo da República de Moçambique pela morte de cidadãos durante a violência pós-eleitoral”, refere o documento.
Desde 21 de Outubro, Moçambique tem estado a viver momentos difíceis, devido às manifestações convocadas pelo candidato presidencial suportado pelo partido extraparlamentar PODEMOS, Venâncio Mondlane, em contestação aos resultados das eleições gerais de 09 de Outubro último, que resultaram em mortes, feridos, vandalização de infra-estruturas públicas e privadas, saques em estabelecimentos comerciais e paralisação de serviços, com impacto negativo para a economia familiar e do país, no geral.
Os resultados apresentados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), a 24 de Outubro, dão vitória expressiva à Frelimo, partido no poder, e ao seu candidato presidencial, Daniel Chapo.
Segundo o Comunicado Final, a Cimeira recebeu o relatório actualizado sobre a situação de paz e segurança na República Democrática do Congo (RDC), tendo manifestado preocupação com a contínua deterioração da situação humanitária e de segurança no país “e reiterou o apoio da SADC ao Governo da RDC no sentido de resolver o conflito e alcançar uma paz duradoura, estabilidade e segurança no país.”
“A Cimeira prorrogou o mandato da Missão da SADC na República Democrática do Congo (SAMIDRC) por um período de um ano, com vista a dar continuidade à resposta regional para fazer face à situação de instabilidade e insegurança prevalecente no leste da RDC”, destaca.
A Cimeira reiterou, ainda, o compromisso regional expresso no Pacto de Defesa Mútua da SADC, que preconiza que “um ataque armado contra um Estado-Membro é considerado uma ameaça à paz e à segurança regionais”.
Felicitou os Estados-Membros por demonstrarem o espírito de solidariedade regional colectiva, através das suas contribuições e apoio contínuos à SAMIDRC.
“A Cimeira saudou a liderança da SAMIDRC e todos os efectivos destacados para a Missão pelos seus sacrifícios, dedicação e empenho em prol da paz, estabilidade e segurança no leste da RDC”, indica o documento, saudando, igualmente, os esforços contínuos do Conselho de Paz e Segurança da União Africana e do Conselho de Segurança das Nações Unidas que visam explorar várias opções para apoiar a SAMIDRC.
(AIM)
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