Maputo, 09 Dez (AIM) – A direcção da fábrica SAFIRA Mozambique Ceramic decidiu suspender, temporariamente, as suas actividades na sequência de uma greve violenta dos trabalhadores ocorrida na sexta-feira última.
Um comunicado da empresa, que a AIM teve acesso, refere que os grevistas se reuniram na sala de produção onde destruíram alguns equipamentos e usaram barras de ferro para agredir técnicos chineses.
“Face as actuais condições de funcionamento da SAFIRA e ao impacto da situação actual em Moçambique na empresa, a violenta greve organizada pelos colaboradores da empresa no dia 5 de Dezembro de 2024 impossibilita a empresa de operar normalmente”, refere o comunicado.
Durante a greve foram queimados pneus, danificadas viaturas dos funcionários da empresa e equipamentos das linhas de produção.
A direcção da SAFIRA explica que a substituição dos equipamentos danificados vai levar tempo, pois é necessário a sua importação.
A empresa está a ser afectada pela situação turbulenta em Moçambique que prejudica todas as operações logísticas em Moçambique fazendo com que os produtos da empresa fiquem retidos no armazém e não possam ser expedidos normalmente. Aliás, os armazéns estão cheios.
Em Moçambique, a comercialização de produtos diminuiu significativamente, uma situação exacerbada pelo facto de os retalhistas enfrentarem dificuldades no exercício normal das suas actividades. Além disso, os produtos manufacturados pela empresa enfrentam uma forte concorrência externa.
Vale lembrar que a SAFIRA Moçambique, localizada no distrito de Moamba, província de Maputo foi inaugurada em Setembro último pelo Chefe de Estado, Filipe Nyusi.
Trata-se de uma empresa pioneira no país neste ramo de actividade fruto de um investimento no valor de 140 milhões de dólares. A fábrica, tem capacidade para produzir 400 desenhos e 34 dimensões diferentes.
A fábrica conta com uma tecnologia moderna e representa igualmente a capacidade de materialização de empreendimentos complexos no país.
(AIM)
sg