
Bandeira de Moçambique içada a meia haste
Maputo, 19 Dez (AIM) – O governo moçambicano, reunido na sua 3ª Sessão extraordinária, decidiu decretar luto nacional de dois dias, a partir de zero horas do dia 20 de Dezembro corrente em homenagem as 73 vítimas do ciclone “Chido”, de categoria 4, que atingiu a região norte do país no fim-de-semana.
Durante o período de luto nacional, a Bandeira de Mocambique e o Pavilhão Presidencial serão içados à meia haste em todo território nacional e nas Missões Diplomáticas e Consulares da República de Moçambique.
“Vamos imediatamente priorizar o apoio na reposição de abrigos, habitações, alimentação, energia, água e distribuição de sementes, para além dos outros apoios que estão a acontecer”, disse o Presidente da República, Flipe Nyusi, durante uma Comunicação à Nação por ocasião do Dia da Família, do Natal e do Fim do Ano.
“Aos moçambicanos exortamos o momento de solidariedade e apoio que nos caracteriza como um povo”, acrescentou.
O ciclone Chido entrou em Moçambique através do distrito de Mecúfi, na província de Cabo Delgado, na região norte com ventos que rondavam cerca de 260 quilómetros por hora. com chuvas fortes, cerca de 250 mm em 24 horas, e trovoadas severas.
O ciclone mais tarde afectou também as províncias de Nampula e Niassa, tendo atingido alguns pontos das províncias de Tete e Sofala. O ciclone Chido provocou perdas de vidas humanas, provocou ferimentos, destruiu infra-estruturas diversas, provocou erosão, destruiu campos agrícolas.
Os apelos que antecederam à tempestade tropical minimizaram os danos. Contudo, até o momento, há registro de 65.282 famílias afectadas abrangendo 329.510 pessoas, das quais 543 ficaram feridas e lamentamos a perca de 73 compatriotas até o momento. Portanto, perderam a vida devido ao ciclone.
Outro lado a lamentar é que há uma pessoa desaparecida.
Em termos de infra-estruturas sociais, ficaram afectadas 52.976 casas, das quais 39.133 ficaram totalmente destruídas, 561 salas de aulas danificadas e 167 escolas, o que irá prejudicar 35.469 alunos, esses assistidos por 666 professores.
Tivemos também a destruição de 49 unidades sanitárias, 34 edifícios públicos entre outros. As equipas do INGD, do Instituto Nacional de Gestão do Risco de Desastres, fizeram-se ao teatro com alguma antecipação e estão a prestar todo o apoio necessário.
É mais uma tragédia que nos assolou, por isso as minhas preces e sentimentos voltam a estar desta vez com as famílias afectadas nas províncias de Cabo Delgado e Nampula e Niassa e todos que indirectamente sofreram por esta calamidade.
Os corações dos moçambicanos e o meu pensamento próprio inclinam-se em memória das vítimas e endereçamos a mensagem de profundas condolências aos familiares enlutados e votos de uma recuperação rápida aos feridos.
(AIM)
sg