
Lisboa, 23 Dez (AIM)- A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) apelou esta segunda-feira às partes envolvidas no processo eleitoral em Moçambique para que “ajam com serenidade e responsabilidade”.
Em comunicado, a presidência da CPLP sublinha a disponibilidade para apoiar iniciativas que promovam a paz e a estabilidade em Moçambique.
A presidência rotativa da CPLP, a cargo de São Tomé e Príncipe, afirma estar a acompanhar os resultados definitivos anunciados pelo Conselho Constitucional (CC) da República de Moçambique, que confirmaram Daniel Chapo como Presidente eleito, assim como os recentes acontecimentos marcados por manifestações e episódios de violência após as eleições de 09 de Outubro deste ano.
O CC, órgão de justiça eleitoral de Moçambique, proclamou esta segunda-feira Daniel Chapo, candidato apoiado pela Frelimo, no poder, como vencedor da eleição a Presidente da República, com 65,17 por cento dos votos, sucedendo no cargo a Filipe Jacinto Nyusi. Assim, Chapo é o quinto Presidente da República de Moçambique.
A organização apela “a todas as partes envolvidas para que ajam com serenidade e responsabilidade, priorizando o diálogo construtivo como o caminho mais eficaz para superar as diferenças e promover a estabilidade”.
“Dada a forte relação histórica, cultural e de amizade com o povo moçambicano, a CPLP expressa a sua solidariedade a todos os cidadãos neste momento sensível”, diz a organização no seu comunicado.
A CPLP manifestou ainda a sua disponibilidade para “apoiar iniciativas que promovam a paz, a estabilidade e os valores democráticos”.
De acordo com a proclamação feita, Venâncio Mondlane, apoiado pelo Podemos, obteve 24,19 por cento dos votos, Ossufo Momade, da Renamo, 6,62 por cento e Lutero Simango, do MDM, 4,02 por cento.
A proclamação destes resultados pelo CC confirma a vitória de Daniel Chapo, jurista de 47 anos, actual secretário-geral da Frelimo, anunciada em 24 de Outubro pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), mas na altura com 70,67 por cento.
(AIM)
DM