
Presidente da Comissão da União Africana Comissão da União Africana, Moussa Mahamat
Maputo, 26 Dez (AIM) – O Presidente da Comissão da União Africana Comissão da União Africana, Moussa Mahamat, manifesta a sua profunda preocupação com a actual violência em curso, particularmente após a proclamação dos resultados finais das eleições pelo Conselho Constitucional, que resultou na perda de vida de dezenas de pessoas.
Em comunicado, emitido quarta-feira, Mahamat afirma que continua a acompanhar de perto os últimos desenvolvimentos em Moçambique após as eleições gerais realizadas de 9 de Outubro de 2024.
Expressa sinceras condolências aos enlutados e apela à calma.
Encoraja os serviços de segurança a exercerem contenção no uso da força no meio da violência e na manutenção da lei e da ordem.
“O Presidente insta ainda o Governo e todos os actores políticos e sociais nacionais a procurarem uma solução pacífica para resolver a actual crise, de modo a evitar mais perdas de vidas e destruição de bens”, disse.
Reafirma o compromisso da UA para colaborar com o governo moçambicano e actores nacionais, bem como com a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) no sentido de pôr termo à violência e garantia da salvaguarda da democracia constitucional na República de Moçambique.
Vale lembrar que a violência preocupa sobremaneira os países do interior, sem acesso ao mar, que dependem dos portos moçambicanos para a exportação e importação de seus produtos.
Desde a Outubro que Moçambique vive um ambiente de tensão, na sequência das manifestações convocadas por Venâncio Mondlane, candidato presidencial suportado pelo PODEMOS, um partido extraparlamentar.
Após a validação na segunda-feira, pelo Conselho Constitucional (CC) dos resultados das eleições gerais de 09 de Outubro passado, que dão vitória à Frelimo, partido no poder, e o seu candidato presidencial, Daniel Chapo, os apoiantes de Venâncio Mondlane intensificaram a violência nas suas manifestações.
Os resultados deram vitória a Daniel Chapo e a Frelimo, o partido que o suportou todo o processo eleitoral, que obteve 65,17 por cento.
Venâncio Mondlane assume a segunda posição com 24,19 por cento. Ossufo Momade, apoiado pela Renamo, amealhou 6,62 por cento; e Lutero Simango, suportado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM) teve 4,02 por cento.
De um total de 7.238.027 eleitores votantes, a eleição presidencial teve 6.777.113 votos válidos, 205.601 votos definitivamente nulos, e 255.313 votos em branco.
Mondlane alega ter ganho as eleições presidenciais que, segundo a sua contagem paralela, obteve 57 por cento dos votos.
(AIM)
sg