
Maputo, 21 Jan (AIM) – O Chefe de Estado moçambicano, Daniel Chapo, diz ser urgente acabar com o nepotismo, corrupção, amiguismo, regionalismo, filiação partidária como forma de aceder às vagas de emprego, bolsa de estudos e outras oportunidades e valorizar a meritocracia.
“Os governadores e todos os servidores públicos devem pautar por uma postura que valoriza o mérito, capacidades, habilidades, a experiência, a competência e, sobretudo, o profissionalismo”, disse Chapo durante o empossamento dos governadores das províncias, hoje (21), em Maputo.
O Presidente da República quer que os governadores provinciais sejam exemplares no combate à corrupção abstendo-se de fazer “negociatas” com os seus subordinados e que sejam exemplos de integridade a todos os níveis.
“Cada um de vós deve ser um exemplo de lisura para que o discurso de combate à corrupção deixe de ser um mero exercício de retórica, temos de liderar pelo exemplo”, sublinhou.
O estadista disse ser fundamental que os governantes vivam com o povo não somente no período da campanha eleitoral, mas o povo deve ser o ponto de partida e de chegada da governação.
“Os moçambicanos devem ser o vosso ponto de partida e de chegada. O povo deve encontrar em vós a esperança dos seus projectos de vida, um amparo para expor as suas preocupações e suas opiniões, temos que ter em conta isto porque o povo é o nosso ponto de partida e de chegada”, vincou.
Chapo quer, ainda, que os governadores provinciais dêem prioridade aos projectos que vão fazer diferença na vida da população e não na vida de grupos de interesse. “Não tenham grupos ou pessoas favoritas”.
Para isso, disse ser necessário repelir todos os compromissos e práticas nocivas ao profissionalismo que se espera da Administração Pública e que ponham em causa a imagem do governo e do Estado moçambicano.
“Devem, por conseguinte, aliar-se às boas práticas e inspirar as vossas equipas de trabalho para a realização de acções conducentes à concretização dos mais nobres anseios da população nas nossas províncias, com incidência para as mulheres, jovens e as populações mais pobres”, recomendou.
Frisou ser necessário educar, corrigir e punir os infractores, pois “ninguém está acima da Lei ou é superior ao povo.”
“Os vossos colaboradores, os funcionários, parentes e a população, no geral, devem saber e sentir que quem violar a Lei será sancionado, sem contemplações; e temos que responsabilizar os que violam a lei”, disse.
Recomendou, igualmente, a tomada de medidas arrojadas e que rapidamente vão fazer diferença na vida do povo, contudo alertou que as acções de quick win (ganhos rápidos) não podem dispensar a realização de actividades estratégicas cujo impacto ir-se-á sentir a longo e médio prazos.
Refira-se os governadores empossados, esta quarta-feira (21), já vinham desempenhando as funções de governadores, excepto os de Nampula, Manuel Rodrigues, que no seu lugar foi empossado Eduardo Abdula, e de Inhambane, Eduardo Mussanhane, substituído por Francisco Pagua.
(AIM)
SNN/dt