Nelúcia Manhiça, da AIM, em Massinga
Massinga (Moçambique), 29 Ago (AIM) – A Insuficiência de instituições de ensino técnico-profissional, e a prevalência de fraca inserção do sector empresarial constituem entrave no acesso ao mercado de emprego, segundo constatação do eleitorado do distrito de Massinga, província de Inhambane, sul de Moçambique.
Parte da população diz ter certeza que a falta de qualificação e emprego são principais causas do aumento de casos de roubos e consumo de bebidas alcoólicas e drogas.
O eleitorado assim se pronunciou durante a interação com a esposa do candidato da Frelimo a Presidente da República, Daniel Chapo, no prosseguimento das actividades de campanha eleitoral rumo ao pleito de 09 de Outubro próximo.
Com efeito, nesta quinta-feira (29), Gueta Chapo escalou o distrito de Massinga, onde também reuniu com líderes influentes, religiosos e comunitários, a busca de aconselhamento sobre as acções que devem ser realizadas para melhorar a vida da população.
Na ocasião, foram apresentadas queixas como aumento de roubos, principalmente no bairro “Cape-Cape”, em Massinga, alegadamente por falta de emprego.
“Quando os nossos filhos atingem 18 anos de idade tornam-se ladrões, bêbados e drogados por falta de experiência profissional, requisito obrigatório nas poucas vagas de emprego existentes”, queixou-se um residente local.
Lamentou o facto de os actuais rendimentos na agricultura que praticam serem insuficientes para sustentar os estudos dos filhos até aos níveis exigidos pelo mercado. “Pedimos apoio para os nossos filhos poderem prosseguir com seus estudos”.
Os residentes queixaram-se igualmente da fraca rede de vias de acesso e transportes, fraca expansão da rede eléctrica e de abastecimento de água, da rede escolar e hospitalar.
Entendem que com a expansão reduzir-se-iam os constrangimentos que vivem para aceder aos serviços básicos.
O encarecimento de produtos alimentares, a proliferação de igrejas, corrupção no sector público, vandalização de infra-estruturas públicas, e baixos salários, engrossam o leque dos problemas levantados pela população de Massinga.
“Hoje mesmo houve vandalização do gabinete do director na Escola Primária de Cape-Cape”, disseram.
Por essa razão, uma residente local pediu que fossem reforçadas medidas de segurança, através da instalação de um posto policial, e policiamento comunitário.
Em resposta, Gueta Chapo agradeceu os aconselhamentos, ideias, opiniões e propostas apresentados. “São questões legítimas, algumas são do nosso domínio”.
Gueta Chapo disse, citando um dos intervenientes, que a paz não é o calar das armas, mas sim ela deve começar no seio das famílias por ser fundamental no combate aos males.
“O candidato a Presidente e o partido Frelimo estão empenhados em trabalhar para a melhoria da vida da população. O objectivo da Frelimo é colocar escolas técnico-profissionais em todos os distritos para aquisição de habilidades necessárias para o acesso ao emprego”, explicou.
Gueta Chapo avançou que a solução desses males depende do voto no candidato e no partido Frelimo. Por isso, pediu o voto massivo nas eleições gerais (eleição do Presidente da República e 250 deputados do parlamento moçambicano) e das assembleias provinciais (governadores provinciais e membros das assembleias provinciais).
A esposa do candidato da Frelimo também alertou o eleitorado, através de uma simulação, a marcar na posição número dois do boletim de voto.
Para além do contacto interpessoal e porta-a-porta, e simulação de votar, Gueta Chapo distribuiu material de campanha eleitoral, entre camisetes, bonés e capulanas, e orientou comício no povoado de Chihundzi.
GUETA CHAPO DESENCORAJA VIOLÊNCIA EM CHIHUNDZI
Durante o comício, Gueta Chapo desencorajou práticas recorrentes no povoado de Chihundzi, caso da violência doméstica, violação de idosos, e suicídios, por contrariar os princípios da paz.
“Só com a paz podemos viver bem. A paz começa dentro das nossas casas, onde eu como mulher tenho que ter bom entendimento com o meu esposo e filhos, porque se lutamos todos os dias perante os nossos filhos, eles vão crescer violentos”, disse.
Segundo Gueta Chapo, “se cultivamos a paz, harmonia e amor dentro de casa, teremos filhos que sabem amar o próximo, respeitar os mais velhos e a sociedade, em geral”.
Afirmou que “os nossos jovens devem respeitar os mais velhos e, vice-versa. As mulheres devem cuidar e amar muito bem os seus maridos, e eles às suas mulheres. Os nossos maridos, não são adversários, mas sim companheiros”.
Gueta Chapo chamou atenção para o respeito e carinho que se deve ter para com os idosos.
“Temos que deixar de violentar os nossos idosos. Não podemos matar e maltratá-los, acusando-os de feiticeiros porque foram eles que nos trouxeram ao mundo”, afirmou.
Alertou que se quisessem “nos matar, as mulheres teriam feito ainda dentro da barriga ou depois de nascer”.
“Eles nos deram educação escolar, crescemos e casamos graças ao seu amor”, sublinhou.
Gueta Chapo insistiu que o eleitorado de Massinga e não só depositasse o seu voto a favor do seu esposo e do partido Frelimo como garantia da continuidade dos projectos de desenvolvimento iniciados pelo próprio Daniel Chapo quando era governador da província de Inhambane, cargo que ocupava até ser escolhido candidato da Frelimo a Presidente da República.
Gueta Chapo exemplificou que o seu esposo, enquanto governador de Inhambane, contribuiu, de forma incansável, na construção e conclusão de 30 escolas e outras 12 que ainda estão em construção.
(AIM)
NL/mz