
Maputo, 22 Jan (AIM) – O Presidente da República, Daniel Chapo, desafia os chefes das missões diplomáticas e consulares de Moçambique na diáspora para galvanizarem e aprofundarem a diplomacia económica como forma de catapultar o desenvolvimento do país.
Chapo lançou o repto hoje (22) em Maputo, durante o encontro de trabalho mantido com os chefes das missões diplomáticas e consulares de Moçambique no estrangeiro. Destacou a importância de cada um trabalhar no sentido de para trazer mais investimento para o país.
“Com esse investimento, seguramente que o nosso país vai criar mais emprego, as empresas vão pagar mais impostos, e com esses impostos vamos construir mais infra-estruturas para o nosso país, estradas, pontes, portos, aeroportos, escolas, hospitais, só para dar exemplos”, disse.
O Chefe do Estado, investido há precisamente uma semana, como o 5º Presidente da República, disse ser importante que cada embaixador e alto-comissário de Moçambique se empenhe no trabalho para buscar mais investimentos para o país “porque só assim vamos continuar a desenvolver este nosso país”.
Por isso, Chapo incentiva os moçambicanos na diáspora a contribuir com o seu conhecimento e talento para acelerar o crescimento do país.
“A diplomacia económica deve ser uma prioridade por parte de todos nós; como sabem, hoje em dia, como se diz na gíria, é o que está a dar, a diplomacia económica”, vincou.
A diplomacia económica tem duas vertentes principais, sendo a promoção da imagem do país nos mercados externos, exportações e investimento directo estrangeiro e, por outro lado, fortalecimento do comércio bilateral e multilateral, através de políticas externas económicas e comerciais.
Como um conjunto de acções que visam melhorar os interesses económicos do país no mercado externo, a diplomacia económica, segundo Chapo, os chefes das missões e consulares devem trabalhar com o governo para valorizar o apoio dos parceiros internacionais de Moçambique.
Chapo assegurou que vai continuar a trabalhar e cimentar parcerias com as organizações regionais e internacionais, incluindo a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) União Africana; Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOPs) bem como com a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Apontou igualmente, as Nações Unidas; África, Caraíbas e Pacífico (ACP); Commonwealth; Grupo dos 77; Cooperação Sul-Sul; Organização Internacional da Francofonia; Conferência Islâmica; União Europeia; Fundo Monetário Internacional; Banco Mundial; Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola, Bancos, Africano de Desenvolvimento; Europeu de Investimento, e Árabe para o Desenvolvimento Económico em África, entre outros, sublinhando que vai continuar a estabelecer parcerias.
O Chefe do Estado disse que vai continuar a prestar assistência aos mocambicanos nos países onde estão acreditados, bem como incentivar a cultura do patriotismo e reforçar o apoio dos compatriotas residentes no exterior.
Para o efeito, destacou a necessidade de se criar um fundo, ou uma rúbrica para prestar assistência urgente para os moçambicanos residentes no exterior em caso de necessidade.
“Temos situações em que, por exemplo, quando um moçambicano perde a vida, a embaixada não tem nenhuma rúbrica específica para dar apoio; então, temos que continuar a reflectir sobre este assunto”, afirmou.
Moçambique possui actualmente mais de 50 missões diplomáticas e consulares no estrangeiro.
(AIM)
ac