
Desfile cultural na cerimónia inaugural da XI edição do Festival Nacional da Cultura, que decorre sob o lema “Cultura, a Força que une a Nação Rumo ao Desenvolvimento” . Foto de Santos Vilanculos (1)
Maputo, 05 Fev (AIM) – O Presidente da República, Daniel Chapo, revelou que brevemente vai nomear um secretário de Estado das Artes e Cultura em Moçambique, uma instituição que estará adjacente ao Ministério de Educação e Cultura.
Falando hoje em Maputo, durante as notas introdutórias do encontro que manteve com os representantes das associações culturais moçambicanas, Chapo mostrou a sua convicção de que a individualidade que vai nomear deve entender de forma bastante profunda as artes e cultura.
“Vamos começar a nomear os secretários de Estado para as áreas ao nível dos nossos Ministérios e, tenho certeza absoluta que vamos colocar alguém que percebe e que fala a mesma língua para tratar das artes e cultura”, disse.
Vincou a necessidade de a personalidade a ser nomeada secretário de Estado para Artes e Cultura não prejudicar a resolução presidencial de criação da secretaria de Estado “porque achamos uma parte muito importante para o desenvolvimento do nosso país”.
A arte e a cultura são conceitos que se relacionam entre si, e que se manifestam de diversas formas, e a sua função é crucial na harmonização e bem-estar da sociedade.
Segundo o Chefe do Estado, a ministra da Educação e Cultura vai chefiar a individualidade que deve respirar artes e cultura e que tenha um entendimento profundo das dificuldades dos artistas.
“Achamos que isto vai ajudar muito a termos mais encontros e a melhorar todos esses aspectos que fizemos referência”, afirmou.
Chapo espera que as pessoas que aguardam a sua nomeação, e as que já tomaram posse, sejam cada vez mais executivas e dinâmicas porque os ministros já exercem cargos políticos.
Por seu turno, o representante dos artistas, José Manel, apontou a pirataria, concorrência desleal, incluindo o não cumprimento da lei dos direitos dos autores e conexos, como dos maiores desafios dos artistas moçambicanos, assegurando que o Chefe do Estado se mostrou acolhedor das preocupações prementes.
“Nós os artistas estamos a perder muito dinheiro por conta dessas entidades que usam obras de autores que muita das quais têm uma certa impunidade porque quando nós nos aproximamos a elas, nunca se mostram abertas para resolver este problema”, disse Manel, que também é secretário-geral da Associação Moçambicana de Autores (SOMAS).
A Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE) e o Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ) segundo Manel, têm se revelado como exclusivas instituições de Estado promissoras na vanguarda no combate à pirataria e outros males que infestam a classe artística.
A iniciativa do encontro foi da SOMAS.
(AIM)
Ac/sg