
Esquerda para a direita, Fredson Bacar, Matilde Muocha e Momade Juízo. Presidente (centro). A esquerda, Chinguane Mabote e António Grispos
Maputo, 20 Fev (AIM) – O Chefe de Estado moçambicano, Daniel Chapo, desafia os cinco secretários de Estado de nível ministerial, hoje (20) empossados, a galvanizarem a produtividade nos sectores do Comércio, Turismo, Mar e Pescas, Transportes e, Artes e Cultura.
Trata-se de António Grispos, secretário de Estado do Comércio; Fredson Bacar, secretário de Estado do Turismo; Momade Juízo, secretário de Estado do Mar e Pescas; Chinguane Marcos Mabote, secretário de Estado dos Transportes; e Matilde Muocha, secretária de Estado das Artes e Cultura.
Aos empossados, Chapo exigiu pragmatismo, criatividade e objectividade na busca de soluções que possam galvanizar as áreas de actividade que hoje assumem. “É urgente imprimir mudanças necessárias, para que no futuro, os vossos nomes sejam lembrados com saudades pelo nosso povo.”.
“Em bom rigor, este tipo de Secretário de Estado deve ter mais acções do que justificações, porque se as desculpas forem em maior número do que as acções concretas, não vai nos restar outra alternativa, senão substituir-vos por outros compatriotas que podem fazer diferente e melhor”, acrescentou.
Neste diapasão, exige-se de vós a capacidade de mobilizar parcerias para a viabilização dos projectos nas áreas que vão dirigir. Não fiquem somente à espera do orçamento do Estado porque os recursos são escassos.
Para o efeito, instou aos empossados que façam as coisas de forma diferente para que se alcance resultados diferentes no sentido positivo.
“Devem esboçar fórmulas inovadoras para superarmos as carências económicas e sociais que o povo sofre, com o objectivo de devolvermos o sorriso aos nossos compatriotas. Nisto, a inovação e o trabalho árduo serão os nossos maiores aliados, pois apenas com novas ideias de abordagem eficazes e eficientes poderemos superar as novas e as nossas dificuldades”, disse.
Ao Secretário do Estado de Comércio, referiu que a informalidade é nociva ao desenvolvimento sustentável do país, e diante deste desafio, a sua missão passa por encontrar mecanismos para a maior formalização do comércio e a retirada de barreiras que condicionem a melhoria do ambiente de negócios, incluindo a importação e exportação a nível do nosso país, pois vai liderar o Comércio Interno e Comércio Externo.
“A informalidade é nociva ao desenvolvimento sustentável, porque, entre outros males, reduz a base tributária, limitando a capacidade do governo em financiar serviços públicos e infra-estruturas essenciais para o desenvolvimento, para além de limitar o acesso ao crédito, e acrescido a isto, por isso, a classe empresarial clama pela melhoria do ambiente de negócios”, sustentou.
Lamentou igualmente a não exploração do potencial turístico, que ainda se encontra adormecido, carecendo de uma lapidação mais vigorosa para contribuir de forma mais notável para o PIB nacional, com impacto directo no bem-estar do povo.
“Moçambique foi abençoado por um potencial turístico invejável a nível mundial, por dispor de mais de 2.700 quilómetros de costa, com praias paradisíacas e com a facilidade de combinação dos vários produtos turísticos, como a fauna, flora e cultura, que conferem ao país uma vantagem comparativa em relação aos países da região e do mundo”, disse.
Acredita que o turismo, bem desenvolvido, é uma área que pode empregar todas as classes sociais. “O turismo deve ser vibrante, capaz de gerar empregos e receitas, para estimular o crescimento económico e promover o desenvolvimento de infra-estruturas e, consequentemente, o desenvolvimento sustentável do nosso país”.
Para o Secretário do Estado do Mar e Pescas, disse ser sua responsabilidade dirigir, planificar, coordenar e assegurar a execução de políticas, estratégias e planos de actividade nas áreas do mar, águas interiores e pescas.
“Na sua gestão, preste atenção especial à aquacultura, para além de questões críticas, como a pesca ilegal e a pirataria marítima. Por outro lado, é chegado o momento de tirar o discurso sobre a economia azul do papel para a realidade. Portanto, há riquezas no mar ainda por explorar capazes de criar riqueza para o nosso povo”, acrescentou.
Já o Secretário do Estado de Transportes, tem como missão desenvolver o transporte multimodal, para que haja fluidez e circulação de pessoas e bens, com particular incidência para os grandes centros urbanos, como a nossa capital, Maputo.
“Queremos que abra uma nova página sobre os transportes públicos urbanos, para que os cidadãos tenham garantia de chegar aos seus destinos seguros e no tempo previsto”, frisou.
Considerou que a existência de uma rede de transporte multimodal interligada aos países vizinhos, é capaz de promover o comércio regional e global, melhorar a conectividade, atrair investimentos em logística, e contribuir para o crescimento económico e integração regional.
Quanto à Secretária do Estado das Artes e Cultura, deve consolidar a unidade nacional e promover o desenvolvimento do país, através do rico mosaico cultural que o país possui, bem como de artistas com talentos invejáveis nas áreas de artesanato, música, dança, teatro, artes plásticas, cinema, gastronomia, literatura, entre outras”.
(AIM)
NL/sg