
Mercado do Zimpeto. Foto arquivo
Maputo, 07 Fev (AIM) – O Ministério da Economia (MEC) desencoraja a disseminação de informações falsas sobre uma alegada redução de preços de produtos de primeira necessidade no mercado moçambicano.
A porta-voz do MEC, Vera Godinho, refutou a lista de produtos que, desde o início da semana corrente, circula nas redes sociais dando sobre uma alegada redução de preços.
“Em relação a essa questão da tendência de os populares exigirem redução de custos, etc.,.. nós desencorajamos essas medidas, o governo desencoraja essas medidas”, disse Vera Godinho, que igualmente é directora nacional do Comércio Interno, falando em conferência de imprensa hoje (7) em Maputo, minutos após um encontro mantido entre o ministro de Economia, Basílio Muhate, e a Câmara do Comércio de Moçambique (CCM).
A referida lista inclui lista de 20 produtos e serviços diversos, cuja proveniência tem a marca do segundo candidato mais votado nas VII eleições presidenciais, Venâncio Mondlane.
O falso documento diz que o saco de 10 quilogramas de farinha de milho deverá ser comercializado a um preço igual ou inferior a custar 350 meticais (um dólar equivale a 63 meticais, ao câmbio corrente), 10 quilos de arroz (400 meticais); 50 quilos de saco de cimento (300 meticais); 01 litro de óleo de cozinha (80 meticais); 05 litros de óleo de cozinha 350 meticais.
O documento diz também que 1 quilo de cebola deve custar 50 meticais; um litro de gasolina 60 meticais; e todos os serviços de saúde, água potável, viatura da agência funerária do Conselho Municipal devem ser gratuitos.
Aliás, um grupo de jovens é reportado como estando a deslocar-se às lojas para exigir aos proprietários das mesmas a reduzirem o preço dos produtos básicos, sobretudo do arroz.
“Hoje, precisamos de restabelecer a paz, de sermos mais unidos, mais próximos e desencorajamos estas práticas”, disse a porta-voz.
Entretanto, Vera Godinho revelou estar em curso uma análise das medidas administrativas e fiscais que envolvem o comércio no país.
“Há uma série de medidas que estão a ser equacionadas e que ainda estão em análise. Refiro-me a medidas administrativas e fiscais que julgamos serem necessárias e pertinentes para, a curto prazo, irmos retomando aquilo que é o nosso normal na recuperação da nossa economia”, vincou.
Convocadas pelo antigo candidato presidencial, Venâncio Mondlane, as manifestações violentas e pós-eleições gerais ocorridas a 09 de Outubro último, fizeram mais de 300 mortes, e mais de 1.000 feridos, bem como a destruição de bens públicos e privados, atirando vários milhares de moçambicanos no desemprego.
Em finais de Dezembro, centenas de manifestantes saquearam diversos produtos alimentares, particularmente arroz, nos enormes armazéns localizados no parque industrial da Matola, província meridional de Maputo, bem como nas lojas e supermercados das cidades da Matola e Maputo.
Os actos de vandalismo também culminaram com a destruição de infra-estruturas publico e privadas.
Na altura, mais de 40 armazéns foram pilhados por populares.
O governo, segundo Vera Godinho, continua a encorajar todos os agentes económicos, governos provinciais, a continuarem com o trabalho e tudo está a ser feito para que o ambiente volte à normalidade.
(AIM)
Ac/sg