
Maputo, 17 Fev (AIM) – A Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE) injectou aos cofres do Estado cerca de 42 milhões de meticais (657 mil dólares, ao câmbio corrente), valor correspondente aos lucros alcançados em 2024.
O facto foi avançado pelo Presidente do Conselho de Administração (PCA) da EMOSE, Janfar Abdulai, que falava à imprensa, após ter dirigido a cerimónia de abertura da 39ª Reunião Nacional de Gestores e Quadros (RNGQ), evento de dois dias que iniciou hoje, em Maputo.
Para introduzir o dinheiro nos cofres em 2024, segundo Abdulai, a EMOSE efectuou a partilha de dividendos, respectivamente, das vantagens financeiras, ou não, que resultaram de acordos e negociações alcançados pela empresa.
“Para nós, é um passo muito importante dado que, por algum tempo, a empresa não conseguia, ou não distribuía dividendos e agora consegue distribuir dividendos e ter também o seu resultado técnico positivo”, disse.
Abdulai acredita que a distribuição de dividendos traduz a actual solidez financeira verificada na EMOSE, uma das mais prestigiadas seguradoras moçambicanas.
Relativamente ao seguro agrícola, actualmente numa fase piloto, a ser implementado na província central da Zambézia, de acordo com o PCA, o serviço apresenta um imbróglio, tendo apontado a falta de financiamento para desenvolvimento da agricultura.
“A agricultura tem reportado a falta de recursos para poderem contratar os seguros, e nós estamos a estudar o melhor modelo de fazer para que esse seguro não seja muito caro e, acima de tudo, consciencializar o agricultor da importância desse seguro”, afirmou Abdulai, salientando que espera que consiga expandir a experiência do seguro agrícola para outras regiões do país.
O seguro agrícola consiste no contrato entre o produtor e a seguradora, em que o produtor paga um prêmio e a seguradora garante uma indemnização, em caso de perdas na produção, e o valor do seguro na EMOSE varia entre três por cento a 15 por cento do custo de produção da lavoura.
O seguro agrícola visa essencialmente que os prejuízos financeiros do produtor sejam minimizados em caso de chuvas torrenciais, inundações, períodos de seca, incêndio, entre outros.
No que refere à digitalização dos serviços prestados pela EMOSE, o PCA revelou que o processo está na fase conclusiva, esperando que até ao final do ano corrente seja totalmente acabado.
“Na EMOSE já está quase a ser concluído; temos a nossa empresa a introduzir novos produtos de forma digital, esperamos que até final deste ano terminar este processo”, afirmou.
Há sensivelmente dois anos que a EMOSE iniciou a digitalização, um processo que, segundo a fonte, vai dinamizar os serviços na empresa.
Durante a RNGQ, os membros do Conselho de Administração, quadros da instituição provenientes de todas as províncias do país avaliam, de forma intermédia, os Planos de negócios 2023-2026; de recuperação pós-manifestações eleitorais; do informe sobre os projectos estruturantes em curso na empresa.
O evento termina terça-feira (18).
(AIM)
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