
Ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Maria dos Santos Lucas, recebe em audiência a Directora-Geral para África no Serviço Europeu de Acção Externa da União Europeia, Rita Laranjinha. Foto de Santos Vilanculos
Maputo, 21 Fev (AIM) – A União Europeia (UE) reafirmou hoje (21), a disponibilidade da manutenção do seu apoio no combate ao terrorismo na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
“Continuaremos a trabalhar com o Ministério da Defesa (MDN) na missão, primeiro, de dar assistência militar, ajudando as autoridades a combater o fenómeno terrorista em Cabo Delegado, mas, também, com os actores da Sociedade Civil, as forças da oposição e sempre no intuito de reforçar esta cooperação”, disse esta sexta-feira (21), em Maputo, a directora-Geral para África no Serviço Europeu de Acção Externa na UE, Rita Laranjinha, após a audiência com a ministra do MINEC, Maria Lucas.
Ao longo dos anos a UE tem sido um parceiro estratégico no combate ao terrorismo, bem como na questão de apoio humanitário para o bem-estar das populações em todo o território nacional.
“A UE é um parceiro que se tem preocupado em apoiar Moçambique nas questões que têm a ver com a governação económica e também no quadro político, no respeito dos direitos humanos e da sustentabilidade”, disse.
Laranjinha considerou a reunião, uma oportunidade que permitiu reafirmar princípios de confiança.
“Manifestamos a nossa plena disponibilidade para continuarmos a trabalhar em conjunto, apoiar as novas autoridades neste empenho de levar a cabo uma série de reformas que vão ajudar as populações moçambicanas a terem uma confiança redobrada na relação com as autoridades, que nos parece absolutamente essencial”.
Vale lembrar que a UE faz a formação militar de unidades especiais moçambicanas, no quadro dos acordos na área da Defesa, que têm sido sucessivamente reforçados desde 1988, destacando que a língua partilhada é uma enorme vantagem no apoio a Moçambique.
“Quando se trata de amigos tão próximos como é o caso de Moçambique, a expectativa que temos é que os nossos parceiros europeus correspondam ao apoio”, acrescentou.
Questionada sobre o apoio da UE em relação ao custo de vida em Moçambique, a fonte disse ser essencial o bem-estar das populações. Não cabe a nós detalhar medidas, mas ver até que ponto os instrumentos de cooperação que existem entre a União Europeia e Moçambique podem vir ao encontro desta preocupação, porque nós trabalhamos num conjunto de áreas que podem vir a confluir nesse sentido”.
A UE disse estar, neste momento, empenhada na geração de forças para a formação de uma equipa técnica em Moçambique.
“No que diz respeito à assistência técnica que podemos dar e que foi reiterado esse empenho, porque sabemos que quando uma série de reformas devem ser implementadas há uma capacitação técnica que deve ser feita e esse foi também um dos pontos que foi abordado e, já está marcada uma reunião na próxima semana a nível técnico para nos sentarmos à mesa com as autoridades moçambicanas e vermos mais especificamente em que pontos poderemos trabalhar”, disse.
Por último, afirmou ser necessária uma atenção redobrada em relação à segurança, não só em Maputo, mas em todo país. “A UE tem trabalhado muito especificamente em Cabo Delgado, mas obviamente que estamos disponíveis para ver em que medida apoiamos neste projecto reformador que vemos que é o objectivo do Presidente da República, Daniel Chapo”.
(AIM)
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