
Manifestações violentas em Moçambique
Maputo, 21 Fev (AIM) – O governo adverte que as manifestações violentas que se registam em alguns distritos apenas contribuem para o aumento da fome e destruição de bens públicos e privados que servem como catalisadores de desenvolvimento de Moçambique.
Falando em conferência de imprensa havida sexta-feira (21) em Maputo, o porta-voz do governo, Inocêncio Impissa, alertou que as manifestações violentas elevam a miséria e o custo de vida, incluindo a insegurança.
“Reportamos que é relevante manter a paz, a segurança e a tranquilidade, como factores essenciais para que as soluções propostas pelo governo e não só, sejam efectivas e facilmente implementadas”, disse Impissa, que igualmente é ministro da Administração Estatal e Função Pública.
A conferência de imprensa visava dar uma explicação detalhada das decisões tomadas durante a realização da 5ª sessão ordinária do Conselho de Ministros, que teve lugar terça-feira (18) em Maputo.
Impissa apela à calma, diálogo e cooperação de todos os moçambicanos, pois considera que estas são as melhores formas para procurar, em conjunto, soluções para os problemas que o país enfrenta.
O governo também apela aos autores morais, materiais do vandalismo, bem como aos que se deixam influenciar, e a outros pregadores do mal, violência, ódio, a tomarem consciência de que os actos de violência “não contribuem para a solução do que qualquer que seja a preocupação que tem estado a ser reivindicada”.
As manifestações violentas tiveram origem dias após Moçambique ter realizado, a 09 de Outubro, as VII eleições gerais.
As mesmas foram convocadas pelo candidato presidencial derrotado, Venâncio Mondlane, que protesta os resultados das VII eleições presidenciais e que deram vitória ao candidato Daniel Chapo, que, há mais de um mês, foi investido como o 5º Presidente da República.
Os manifestantes exigem a redução do custo de vida, electrificação das suas regiões e povoações. Como forma de pressionar o governo, os protestantes acabam barricando as principais estradas e, deste modo, impedindo a livre circulação de pessoas e bens.
No entanto, o porta-voz acredita que a velocidade das destruições de infra-estruturas e outros bens, não é a mesma para a sua reposição.
“Só para lembrar aos nossos jovens, e não só, que sistematicamente aderem e perpetuam os actos de destruição, vandalismo e agressões, que estas acções têm consequências a curto, médio e longo prazos”, advertiu Impissa.
O Presidente da República, Daniel Chapo, iniciou um diálogo com os líderes dos principais partidos moçambicanos, e os mais votados nas VII eleições gerais para buscar soluções viáveis para acabar com os actos de vandalismo.
(AIM)
Ac/sg