
Presidente da República, Daniel Chapo, dirige Sessão Extraordinária do Conselho Executivo Provincial de Cabo Delgado
Maputo, 24 Fev (AIM) – O livro escolar de distribuição gratuita referente ao ano lectivo de 2026 em Moçambique, poderá ser distribuído no segundo semestre do ano em curso, como forma de acertar o calendário escolar de distribuição na época seca.
O facto foi avançado pelo Presidente da República, Daniel Chapo, hoje (24) em Pemba, durante a sessão extraordinária do Conselho Executivo da província setentrional de Cabo Delgado, alargada ao conselho dos serviços de representação do Estado na província e administradores distritais, no âmbito da visita de trabalho de três dias que iniciou hoje.
“Este ano, vamos fazer tudo por tudo para que o livro seja distribuído na época seca, isto é, Setembro, Outubro e Novembro, o livro para 2026. Este devia ter sido distribuído em 2024, para [ser utilizado] em 2025”, disse Chapo.
Decorre desde Janeiro último, em todas as mais de 13.633 escolas primárias e 673 escolas secundárias, geridas pelo Ministério de Educação e Cultura, a distribuição do livro escolar.
Na última terça-feira, o governo assegurou ter distribuído mais de 47 por cento do livro escolar, e na ocasião, apontou dificuldades de acesso às escolas abrangidas devido às chuvas como principal causa do atraso.
O governo distribuiu cerca de cinco milhões de livros, o que significa que estão por distribuir cerca de sete milhões de livros.
O processo deverá terminar em finais de Março próximo.
O ensino fundamental de Moçambique compreende o primeiro e segundo ciclos, sendo o primeiro correspondente aos cinco primeiros anos de estudo, do 1º ao 5º ano. O segundo corresponde aos anos finais, do 6º ao 9º ano.
Num outro desenvolvimento, Chapo disse que o ciclone Chido, que destruiu bens públicos e privados, em meados de Dezembro e atingiu com maior incidência os distritos de Mecúfi, Metuge e Chiúre, em Cabo Delgado, constitui uma oportunidade para o governo implementar políticas melhoradas de habitação.
“Nós entendemos que o facto de ter ocorrido é uma fatalidade, mas ao mesmo tempo, sob o ponto de vista de organização territorial é uma oportunidade, inclusive no processo de desenvolvimento”, afirmou.
Por isso, durante a sua visita de trabalho, quer compreender o estágio de construção de novos assentamentos humanos, ordenamento, bem como a forma de organizar o próprio distrito de Mecúfi, que foi o mais devastado de todos.
Para o Chefe do Estado, Mecúfi deve ser organizado como uma cidade futura.
Chido afectou pelo menos nove distritos, além dos de Cabo Delgado, também das províncias nortenhas de Niassa e Nampula, e um total de 54.200 famílias, o correspondente a 277.382 pessoas.
O ciclone fez 108 mortes e 840 feridos, além de ter danificado mais de 104 mil abrigos.
Dados preliminares das autoridades de Cabo Delgado afirmam ser necessário cerca de 600 milhões de meticais (nove milhões de dólares, ao câmbio corrente) para a reposição de infra-estruturas económicas destruídas pelo Chido.
(AIM)
Ac/sg