
Praia de Bilene
Maputo, 24 Fev (AIM) – Perto de dois mil trabalhadores do sector de hotelaria e turismo correm o risco de perder os seus postos de trabalho na Vila Municipal da Praia do Bilene na província sulista de Gaza, devido à onda de manifestações violentas que se registaram naquela região desde a quarta-feira da semana passada.
Trata-se de um total de 94 unidades de hotelaria e turismo, cujos proprietários ponderam declarar falência devido ao impacto negativo e a desordem pública provocada pelos manifestantes.
A informação foi avançada à Rádio Moçambique, emissora nacional, pelo administrador do distrito de Bilene, Raul Momade, enfatizando que a presença de turistas reduziu drasticamente na região devido ao bloqueio das estradas e vandalização de infra-estruturas públicas e privadas.
Raúl Momade diz que, face a este cenário, os operadores turísticos enfrentam dificuldades de cumprir com as suas obrigações, nomeadamente o pagamento de impostos e salários dos trabalhadores.
Recentemente, 35 trabalhadores perderam os seus postos de emprego na sequência da vandalização dos manifestantes de três estabelecimentos comerciais na Vila da Macia, distrito de Bilene.
“Até posso vos lembrar a situação da Shoprite, da loja Pepe até da Vodacom, que foram severamente vandalizadas e que cerca de 35 funcionários, que directamente trabalhavam nestas três lojas, perderam os seus postos de emprego”, disse.
“Falando da Praia de Bilene, temos lá cerca de 94 estâncias turísticas que albergam cerca de dois mil funcionários. Então, colocar a Praia de Bilene na situação de insegurança e intranquilidade, estamos a colocar em iminência cerca de dois mil funcionários na situação de desemprego, então, devíamos reflectir efectivamente que tipo de país é que precisamos”, vincou.
Refera-se que os distritos de Chókwè, Chibuto, Chongoene, Xai-Xai, Limpopo e Bilene são os principais epicentros de desordem pública, resultantes de manifestações violentas ao nível desta região do país.
(AIM)
FG/sg