
Enfermeiros em serviço
Maputo, 13 Mar (AIM)- A Ordem dos Enfermeiros de Moçambique (OEMo) está a trabalhar no sentido de melhor regular o exercício da profissão, uma iniciativa que partilhou na tarde desta quinta-feira com o Chefe de Estado, Daniel Chapo.
Segundo a Bastonária, Maria Lourenço, os desafios partilhados ao Presidente da República, carecem de apoio do Estado moçambicano .
“O nosso papel crucial é regular a profissão de enfermagem, a prática de enfermagem no nosso país. Para podermos regular precisamos de saber quantos enfermeiros existem. Por outras palavras, estes enfermeiros para a sua prática no território moçambicano devem estar registados e com uma carteira profissional para exercer a sua profissão”, disse.
A OEMo diz não ter problemas com os novos enfermeiros que estão sendo formados, pois estão cientes que para concorrer a vagas de enfermagem no edital do concurso exige-se a carteira profissional.
“O desafio que temos é com antigos profissionais, eles dizem que ‘eu comecei a trabalhar há muito tempo, nunca me exigiram isso e não vai ser agora que eu vou escrever para ter isso, esse é um dos desafios que partilhámos, pedimos apoio a entidade empregadora”, disse.
Sublinhou que a partir do momento que foi declarado que todos os enfermeiros para exercício da sua profissão devem ter a carteira profissional, será necessário respeitar a lei.
Maria Lourenço fez saber que o Estado delegou esta competência a Ordem através da lei 2/2/2016.
“Nós pedimos o apoio do governo, porque a maior parte dos que estão em função pertencem a função pública. Como viram esteve lá o ministro da saúde, se a gente não vai pelo empregado, vamos pelo empregador”, disse a fonte.
Por isso, pede aos empregadores para ajudar a registar a prática da profissão de enfermagem através do seu registo na OEMo”.
Outra inquietação é o actual estatuto da Ordem que, no entender da fonte, possui artigos desactualizados ao actual contexto.
“Os estatutos com que nós estamos a funcionar foram elaborados por profissionais que estavam filiados na associação dos enfermeiros e às competências da Ordem são diferentes, a prática nos mostra que alguns artigos deste estatuto não condizem com aquilo que nós vivenciamos, dai que reformulamos e estamos a tramitar”, disse.
Lourenço disse ainda que outro pedido de apoio formulado ao Presidente da República, é a questão da criação da primeira Escola Superior de Ciências de Enfermagem.
“Como vocês sabem a enfermagem é uma ciência autónoma, não é uma questão que está acoplada a medicina, para este processo pedimos um apoio para acelerar o processo que iniciamos em 2022. Julgamos que a enfermagem precisa de ter uma escola própria que possa ter a liberdade e dignidade de desenvolver investigação”, disse.
O Chefe do Estado, Daniel Chapo, enalteceu a audiência com os membros do corpo directivo daquele órgão que representa na generalidade os enfermeiros em Moçambique.
O evento contou igualmente com a presença do ministro da saúde.
Refira-se que a futura Escola Superior de Ciências de Enfermagem ,será uma unidade orgânica da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) e estará baseada na zona norte do país.
(AIM)
MR/sg