
Maputo, 15 de Mar (AIM) – O secretário-geral da Frelimo, Chakil Aboobacar, apelou hoje (15) à população da província de Sofala, a agudizar a vigilância de modo a prevenir focos de instabilidade.
Aboobacar falava no início da sua visita à província de Sofala, a primeira que efctua àquele ponto do centro de Moçambique, na qualidade de Secretário-geral do partido no poder.
Na ocasião, referiu que a população precisa denunciar todos os comportamentos que atentem à paz e unidade nacional.
Disse ainda que as manifestações violentas, caracterizadas por saques e destruições, não têm razão de ser, uma vez que o processo eleitoral já está encerrado.
“Nos últimos tempos, temos assistido alguma tendência que nos deixa preocupados em relação àquilo que chamam de manifestações. No nosso entender não são manifestações. É um crime organizado de pessoas que se organizam, planificam e executam, arranjam fogo e vão queimar escolas. Isso não é manifestação, é um crime”, disse.
Segundo Aboobacar, a vigilância da população é necessária, “uma vez que o crime não é uma acção aleatória, tem mandantes que estão a se preparar e vão usar o povo, bem como os jovens, para desestabilizar o país, colocando em causa a paz conquistada com muito sacrifício.”
Dirigindo-se ainda à população de Sofala, a partir do distrito de Nhamatanda, exortou “para que ninguém permita que estas ditas manifestações violentas e criminosas coloquem em causa a nossa paz e estabilidade”.
À sua chegada em Sofala, Aboobacar orientou uma sessão extraordinária do Comité provincial, na qual se mostrou satisfeito com o desempenho da organização.
Depois da interacção com a população de Nhamatanda, desloca-se ao distrito de Dondo.
Entretanto, na Cidade de Maputo, o primeiro-secretário da Frelimo, António Niquice, manteve, na sexta-feira, um encontro com a população de Catembe.
Niquice disse que as vandalização nas sedes do partido no âmbito das manifestações violentas são o resultado da intolerância política no país, tendo sublinhado que as destruições não vão desviar o propósito do partido, de desenvolvimento sócio-económico do país e do bem-estar social.
O encontro foi antecedido da entrega de material de construção para a reabilitação da sede do partido no Comité da Zona de Chali, que foi vandalizado no âmbito das manifestações violentas.
Na interacção com a população, Niquice recomendou a mesma a fazer escolhas diferentes, para obter resultados diferentes face às tensões vividas nos dias de hoje. “Nós não somos pelo ódio, não somos pela guerra, não somos pela violência, a violência gera violência”.
“Enquanto os outros destroem, nós vamos reconstruir, e acreditarmos que a sociedade vai ganhando maior consciência e maturidade para perceber que não é com ódio, não é com violência, não é com este rancor, com fogo que é ateado nas sedes das outras organizações políticas que vamos desenvolver o país”, acrescentou.
Para Niquice, a democracia deve ser feita de forma conceptual, para permitir que todos os outros façam a sua parte de contribuir para o desenvolvimento do país.
(AIM)
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