
Maputo, 19 Mar (AIM) – O embaixador de Cuba em Moçambique, Jorge Tormo, manifestou disponibilidade do seu país para capacitar deputados da Assembleia da República (AR), o parlamento moçambicano, incluindo funcionários da magna casa do povo.
Falando hoje à imprensa, em Maputo, após uma audiência concedida pela presidente da AR, Margarida Talapa, Tormo disse que havendo interesse da parte moçambicana o deferimento vai ser imediato.
“Nós não temos nenhuma dificuldade em apoiar o parlamento na preparação de personalidades. Estamos prontos, caso haja interesse específico responderemos imediatamente”, assegurou.
Provenientes das VII eleições legislativas realizadas a 09 de Outubro último, os 250 deputados da AR tomaram posse para a 10ª Legislatura em meados de Janeiro. O início da I sessão ordinária está marcada para a próxima quarta-feira (26).
No entanto, Tormo reiterou a sua disponibilidade de cimentar a cooperação com Moçambique em diversas áreas de desenvolvimento, sobretudo, saúde, e educação, incluindo nas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs).
O diplomata reconheceu a irmandade existente entre Moçambique e Cuba, apontando que as relações de cooperação com Moçambique tornaram-se intrínsecas há 50 anos.
Fez saber que existem “interesses obscuros” que pretendem romper as relações entre Cuba e outros países mas, segundo o diplomata, Moçambique esteve na vanguarda para dissuadir esses interesses, seja através da Organização das Nações Unidas (ONU) ou mesmo da União Africana.
“Somos países irmãos, somos países muito amigos, e cumprimos 50 anos, meio século, de relações que sempre serão fortalecidas durante todo esse tempo”, disse, acrescentando que o objectivo é continuar a cooperar entre ambos países e povos.
Realizada em Outubro de 2024, a Assembleia Geral da ONU pediu de forma esmagadora aos Estados Unidos que encerre o regime de sanções de mais de 30 anos contra Cuba, enquanto a nação caribenha, governada por comunistas, enfrentava sua pior crise económica, marcada pelo colapso da infraestrutura e escassez de produtos básicos.
A resolução não vinculativa foi aprovada por 187 países, incluindo Moçambique. Apenas os Estados Unidos e Israel se opuseram, e a Moldávia se absteve.
Tormo entregou as cartas credenciais ao ex-Presidente da República, Filipe Nyusi, em Julho de 2022.
(AIM)
Ac/mz