
Nampula (Moçambique), 27 Mar (AIM) – O evangelho que prega a violência e o ódio deve ser substituído por mensagens de amor ao próximo e que impelem à paz.
Estas ideias foram defendidas hoje (27) pelo Presidente moçambicano, Daniel Chapo, durante o comício que orientou na cidade nortenha de Nampula, no início da sua visita de trabalho de dois dias à província mais populosa do país.
Repetidamente, Chapo usou palavras conciliatórias e de apelo à unidade nacional, paz e perdão para que a estabilidade reine em Moçambique.
“Não podemos trazer o evangelho do ódio e da violência, devemos ter uma mensagem de amor ao próximo. Por isso, todas as religiões ensinam o amor. Vamos trabalhar perto do povo para a consolidação da paz e reconciliação. Vamos fazer de tudo para estabilizar o país e acabar com as manifestações violentas”, afirmou.
No comício, bastante concorrido, Chapo falou pouco mais de uma hora com todo o seu discurso centrado na necessidade da promoção da paz e segurança, chaves que viabilizam o desenvolvimento.
“Políticos devem pregar o amor, perdão e reconciliação entre moçambicanos, só assim conseguiremos ter paz”, ressaltou o estadista moçambicano.
Explicou a essência do compromisso político, recentemente assinado, na capital do país, que congrega partidos com assentos a todos os níveis das assembleias desde a nacional às municipais.
“A assinatura do compromisso político não é o fim, pelo contrário é o início e todos devem participar. A comunicação social, empresários, academia, todos nós temos que sentar para debatermos o que se passa connosco pois nestes trinta anos, sempre que se realizam eleições depois há problemas. Vamos debater as causas profundas deste problema”, realçou.
Segundo Chapo, a diferença de pensamento não pode justificar violência.
“Pensar diferente é bom, mas esse facto não pode levar-nos a violência que gera violência, ódio que gera ódio. A lei da vida refere que cada um colhe o que semeia, todos os moçambicanos devem plantar o amor a partir de casa”, enfatizou.
Neste diálogo popular nota para a convicção que o estadista tem de que a independência será completa quando Moçambique não precisar de ajuda externa para o seu orçamento geral.
“A independência será completa quando não precisarmos depender dos outros, por isso dizemos, vamos trabalhar, produzir na indústria e até para exportar”, reafirmou.
Daniel Chapo evocou os 50 anos da independência que se completam este ano sublinhando que “ a festa dos 50 anos deverá ser feita num ambiente de paz e harmonia e nunca divididos, passar a festa como irmãos”, concluiu.
O Presidente da República, que trabalhará na província de Nampula até o próximo sábado, tem previstas deslocações aos distritos de Nacala, Mogovolas e Rapale, além de encontros com governantes, lideranças comunitárias e tradicionais, religiosas e empresários.
(AIM)
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