Presidente da República, Daniel Chapo, discursa durante uma comício popular em Moatize, província de Tete
Moatize, 22 Abril (AIM)- O Presidente da República, Daniel Chapo, condenou hoje (22), na vila de Moatize, na província de Tete, o discurso de ódio entre moçambicanos, fomentado por alguns políticos e, por isso, apelou à reconciliação, o respeito pela liberdade de opção política, pensamento entre outros.
Chapo falava hoje (22) na vila municipal de Moatize, no quadro de uma visita de trabalho à Tete, com vista agradecer a população pela sua eleição, auscultar os problemas que as afectam e desencorajar o ódio, a violência, o discurso do ódio, actos de vandalismo entre outros.
“Nós viemos aqui em Moatize para dizer o povo que temos que estar atentos, porque o ódio, a violência não constroem, só destroem. Nós, como Moçambique, para podermos desenvolver a nossa base tem que ser a paz, a segurança, o amor entre irmãos, a reconciliação porque só assim, unidos como um povo do Rovuma ao Maputo é que podemos desenvolver Moçambique, onde há livre circulação de pessoas e bens”, disse.
O Chefe do Estado recordou que todos os cidadãos gozam dos seus direitos estabelecidos pela Constituição e que são inalienáveis, citando o traje como exemplo.
É por isso, que quando uma pessoa acorda tem o direito de escolher o quer vestir, as pessoas não podem ser obrigadas do Rovuma ao Maputo a usar roupa preta por exemplo.
Quando isso acontece é ditadura. Moçambique é um país de direito democrático, onde cada um escolhe o que quer, incluindo roupa. É um país de liberdade de expressão, de imprensa e tantas outras liberdades”, disse.
Sobre a liberdade de pensamento, diz que “até faz bem pensar diferente pois é a diversidade de ideias que ajuda a desenvolver o país.
“O facto de pensar diferente não nos pode levar a violência. A violência gera violência, o ódio gera o ódio, por isso, se nós queremos que na nossa casa reine uma paz, o amor, harmonia, reconciliação temos que saber perdoar o próximo”, referiu.
No comício popular, o estadista moçambicano, foi informado que os actos de vandalismo culminaram com a destruição de seis escolas e outras infra-estruturas.
A população de Moatize aproveitou a oportunidade para pedir mais fontes de abastecimento de água e outras Infra-estruturas sociais básicas.
Chapo condenou os actos de vandalização de Infra-estruturas públicas, pois servem toda população independentemente da filiação política, raça, grau de instrução e outros.
Explicou que nas eleições de 9 de Outubro de 2024, a vitória foi para a Frelimo e seu candidato. Frisou que as eleições devem ser encaradas como se fosse um jogo de futebol, onde não há inimigos, mas apenas adversários”.
“Nas eleições é mesma coisa temos o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), a Comissão Nacional de Eleições (CNE) e Conselho Constitucional (CC), que contam os votos para depois dizerem quem ganhou o jogo, por isso, não pode aparecer alguém antes de se contar os votos a dizer que ganhou” disse.
Infelizmente este foi o cenário que se assistiu.
“Foi o que nós assistimos, tivemos eleições do dia 9 de Outubro, antes de começar a se contar os votos, na madrugada do dia 10 de Outubro, apareceu alguém a dizer que já ganhou, e convocou manifestações violentas antes da divulgação dos resultados “, disse.
(AIM)
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